O filho de Temer e o filho de Lula


A classe política brasileira está sendo passada a limpo por operações policiais e pelo escrutínio público desde que a Operação Lava Jato apreendeu seus primeiros bens, no dia 17 de março de 2014. E, além de senadores, deputados, tesoureiros de partido e ex-diretores da Petrobras, o noticiário da semana evidencia que a atenção, quer das investigações ou da opinião pública, se estende sobre as famílias desses políticos, seu patrimônio e seus negócios. Foram notícia os filhos de Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer e do novo homem-bomba Sérgio Machado.
Em um momento em que a mega-operação expõe tramas que envolvem praticamente toda a cúpula da política nacional, a tolerância do país com práticas corruptas parece ter diminuído enquanto a demanda por transparência aumenta. Nessa nova realidade, o político tem cada vez menos espaço para deixar dúvidas no ar.

O pedido de demissão de Fabiano Silveira do Ministério da Transparência dividiu as atenções na segunda-feira com o fato de que Michel Miguel Elias Temer Lulia Filho, o caçula do presidente interino Michel Temer, tem, aos sete anos, um patrimônio em imóveis de dois milhões de reais, informou O Estado de S. Paulo. Além de indignar aqueles que viram no fato uma prova da desigualdade social instalada no Brasil, a notícia de que uma criança possui, ao sete anos, mais bens do que um brasileiro médio conseguirá reunir durante toda sua vida levantou suspeitas: o presidente interino teria se beneficiado de alguma forma ao fazer uma “antecipação de herança” para seu filho? Temer declara os imóveis em sua declaração de renda, mas, prática comum, só registra o valor de compra de 190.000 reais. (El País )



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