Entendimento entre poderes trará ‘dias melhores’ para o Brasil, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) adotou tom de conciliação em relação aos demais poderes, em um discurso rápido feito na manhã desta quinta-feira (25). Ele participou de evento ao lado dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, além do ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira.

“Nós somos pessoas privilegiadas. O nosso entendimento, sim, é o que pode sinalizar que teremos dias melhores para o nosso país. Tem mais gente que entra nesse entendimento, deputados, senadores e demais ministros do STF e do STJ”, disse, citando os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O evento foi para celebrar uma parceria técnica entre o Palácio do Planalto, o STF e o STJ, com a interligação de sistemas de informações jurídicas. De acordo com a explicação que foi feita, ao acessar o repositório de leis do Planalto, o usuário poderá ser direcionado para as interpretações e jurisprudências adotadas pelas cortes.

Bolsonaro chamou Noronha de “amigo”, evidenciando a proximidade com o ministro em um momento em que o STJ pode vir a julgar os casos que tratam do seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Segundo apuração dos analistas da CNN Caio Junqueira e Thaís Arbex, aliados do senador contam com a boa relação entre o ministro e o presidente para obter decisões favoráveis na investigação que apura a suspeita de “rachadinha” na Alerj. Em entrevista à CNN, o ministro João Otávio de Noronha disse que “não há política no STJ que não seja a judiciária”.

Durante o evento, Jair Bolsonaro também trocou afagos com o ministro Dias Toffoli. Toffoli elogiou a decisão do presidente de dar status ministerial ao atual ocupante da subchefia de Assuntos Jurídicos, o ministro Jorge Oliveira. O atual presidente do STF ocupou o cargo, que chamou de “uma das posições mais importantes”, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em sua fala, Bolsonaro afirmou ter levado em consideração o conselho dado a ele por Toffoli antes da posse, de escolher alguém de sua confiança para a função, que chamou de “grata lembrança”. Oliveira é ex-chefe de gabinete do filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Segundo o presidente, a confiança no assessor lhe permite assinar documentos sem uma leitura completa, mesmo sabendo que será responsabilizado pelo conteúdo.

Homenagem a soldado

Na sequência do evento com o STF e o STJ, o presidente Jair Bolsonaro participou de uma cerimônia ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça. O presidente inaugurou o retrato do soldado Daniel Henrique Trarbach Engelmann, que, segundo o Exército, faleceu em operação de combate contra os crimes transfronteiriços no Rio Paraná.

Em seu discurso, Mendonça elogiou o Exército, que, segundo ele, tem sido “exemplo de respeito à Constituição”. “O Exército brasileiro tem sido exemplo, general Fernando (Azevedo), de defesa da pátria, de luta incansável, de moderação, de respeito à lei e à Constituição”, disse.

*CNN



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