Jaques Wagner volta a defender renovação do PT e diz que Isidório é vítima de ‘preconceito’

O senador Jaques Wagner (PT-BA) comentou a possibilidade do pastor Sargento Isidório ser o próximo prefeito de Salvador após a eleição no fim de novembro deste ano. Em entrevista a Mário Kertész hoje (15), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, o petista avaliou que o atual deputado federal sofre com preconceito por ser considerado “doido”.

“A competência de prefeito é a equipe. Tem muito preconceito. Isidório faz um folclore para se eleger e tem por trás dele um trabalho sólido de recuperação de drogados. Teve 300 mil votos. Evidentemente ele sabe que o fato do PSD estar com ele com Eleusa, é óbvio que se compõe a equipe. Na minha opinião, o que vale da prefeitura é ter boas ideias. Eu digo sempre que a cadeira faz o cidadão”, disse Wagner, antes de ser questionado por MK sobre a posição do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), que ostenta perfil polêmico e histórico controverso.

Segundo o petista, Bolsonaro “se acalmou”. “Ele [Isidório] faz essa coisa, ele vira notícia. Mas é meu lado político. Acredito que efetivamente ele sabe que se elegendo ele terá que ter uma equipe. Já administra a obra social dele. Eu diria até que já fez mais coisa na vida do que o presidente quando chegou a ser presidente. O presidente foi militar, foi deputado sem projeto e virou presidente num momento em que o Brasil estava vivendo um ódio e desprezo à política muito grande. Isidório já está nisso há muito tempo. Foi candidato a prefeito de Candeias, foi deputado estadual e agora é federal”, acrescentou.

Sobre as eleições municipais em todo o país, Jaques Wagner apontou que o Partido dos Trabalhadores deve apresentar uma melhora em relação aos resultados do pleito de 2016. “O bombardeio em cima do PT era muito grande. Em São Paulo tínhamos 90 prefeituras, mas em 2016 ficamos com 10. Eu creio que a gente, em relação a 2016, deve crescer mas não vamos atingir o nível que tínhamos antes de 2016. Ainda tem muito esse resquício que está se esclarecendo na cabeça da população com todas as revelações e malfeitos do ex-ministro da Justiça e era o juiz da operação Lava Jato. Não tenho dúvida de que a gente vai recuperando”, afirmou.

No entanto, ele defende uma mudança de ares na legenda. “Tenho brigado dentro do PT pelo que eu falei, precisamos fazer uma renovação geracional. Se você fica 16 anos com Lula e Dilma, acabam que as pessoas se acomodam no poder e não abrem espaço para a renovação. Portanto, eu acho que a gente tem que trazer uma garotada. Vou fazer 70 no ano que vem. Temos que trazer essa moçada de 40 anos ou 45 para a dentro da política porque são energias novas que a gente está trazendo. Nesse sentido, eu entendo que a gente precisa renovar”, disse o senador.

*M1



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