Senadores sugerem a Guedes aumentar aos poucos valor do Bolsa Família

Senadores sugerem ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que a expansão no valor do Bolsa Família desejada pelo governo aconteça aos poucos, em um período de três anos.

 

De acordo com o site Congresso em Foco, a ideia desses parlamentares é que o aumento do benefício, em média de R$ 190 atualmente, seja de menor proporção em 2021 e ampliado nos dois próximos anos. O Palácio do Planalto enfrenta dificuldades de achar fontes de financiamento para o Renda Cidadã, que ampliaria o valor do benefício e o número de beneficiados.

 

A senadora Kátia Abreu (PP-TO) foi uma das que sugeriram ao ministro a ideia. De acordo com ela, ainda não há definições de quais seriam os valores. “Estamos modulando. Fazendo contas. Sugestões apenas. Eles decidirão com o PR [presidente da República]”, disse para a publicação.

 

A senadora e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) foram os principais articuladores do jantar que culminou na trégua entre Paulo Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na semana passada, após os dois se atacarem publicamente nas últimas semanas.

 

Responsável por elaborar o texto do novo programa social, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), já havia mencionado a ideia de escalonar o valor há um mês em entrevista à Rádio Bandeirantes. Na época, ele disse que o valor do programa poderia ficar entre R$ 200 e R$ 250 em 2021.

 

“Você tem aí, tirando o orçamento que está carimbado para o Bolsa Família, tem que buscar R$ 30 bilhões, a conta não é fácil. É possível, estou falando de hipótese, é possível que o programa nasça para o primeiro ano com o valor menor para subir no outro ano e no máximo no final do ano que vem a economia brasileira estará voltando a crescer”, declarou o emedebista.

 

“O que considero fundamental, que seja de R$ 200 no primeiro ano, que já seria maior do que Bolsa Família, ou que a gente consiga chegar até R$ 250. O problema é simples, tem que tirar de algum lugar e quando você pega o orçamento do país, vem praticamente com 96% engessado, por isso que na outra PEC [do Pacto Federativo], aliás vai ser uma coisa só, proponho a desvinculação”, disse Bittar.

 

A ideia inicial do governo era que o programa pudesse chegar a R$ 300 já em janeiro de 2021, que é o valor atual do auxílio emergencial, que acaba em dezembro deste ano. No entanto, após o veto de Bolsonaro na sugestão de cortes de outros benefícios sociais, há pouca margem para destinar verba para o benefício.

 

As discussões sobre o Renda Cidadã estão paralisadas e só devem voltar acontecer em dezembro, após as eleições municipais. Devido ao calendário apertado para votar as matérias desejadas pelo governo, o Planalto tenta um acordo para que os trabalhos legislativos prossigam em janeiro e que seja cancelado o recesso.

BN.



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