Pazuello relaciona saída do Ministério da Saúde a pressão política

No discurso de despedida para os servidores do Ministério da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello relacionou sua demissão a pressão política e fez acusações de que havia interesse nos recursos da pasta.

Segundo Pazuello, até boatos de que seria contra o uso de hidroxicloroquina foram levados ao presidente Jair Bolsonaro. Desgastado, Pazuello foi substituído pelo cardiologista Marcelo Queiroga, mas deve receber novo cargo no governo.

Ele apontou pressões de políticos interessados num “pixulé” e disse que levou para a pasta atributos militares como “probidade e honestidade”. O ex-ministro disse ainda que caiu depois de identificar um grupo de médicos do ministério disposto a boicotá-lo.

“Esse grupo tentou empurrar uma pseudo-nota técnica que nos colocaria em extrema vulnerabilidade, querendo que aquele medicamento, a partir dali, estivesse com critérios técnicos do ministério, e ele (o medicamento) não tinha”, afirmou o agora ex-ministro.

Pazuello disse também que desagradou a interesses ao não distribuir recursos por critérios políticos. Ele afirmou que recebeu uma lista de municípios que deveriam ser priorizados, mas não detalhou de onde partiram essas pressões. Disse, ainda, que não atendeu a estes pedidos.

Presente na despedida, Queiroga fez um discurso breve. Afirmou que Pazuello é o “general da vacina” e que a história irá julgá-lo. Afirmou também que as ações do militar foram importantes para salvar vidas na pandemia de covid-19.

*ATarde



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