Defensora diz que apesar de promessa, prefeitura de SAJ não tem interesse em manter a comunidade Nova Canaã no local

Defensora diz que prefeitura não tem interesse em manter a comunidade Nova Canaã no local

Na manhã desta quarta-feira (24), os moradores da Comunidade Nova Canaã se reuniram com o prefeito de Santo Antônio de Jesus, Genival Deolino, onde puderam discutir a respeito do decreto de desapropriação e onde reivindicaram a permanecia da comunidade no local.

Representantes da Comunidade Nova Canaã alegam que a prefeitura desrespeitou diálogos e decidiu de forma unilateral a relocação da Comunidade. Segundo afirmam, as famílias seriam instaladas no loteamento Morada Digna, no entanto, conforme reclamam, o local é inapropriado e nem todas as famílias seriam alojadas ali.

Em entrevista ao Programa do Valente, na noite desta quarta (24), Rose Bulhões representante da Secretaria de Assistência Social disse que há uma grande demanda por moradia no município e reforçou que o déficit é nacional, mas que a administração municipal tem atendido às famílias com o cadastramento de inclusão a habitação e outros benefícios independente da decisão judicial que determina o despejo e a reintegração de posse, as famílias tenham garantido o direito a uma habitação.

A defensora disse que a justiça colocou sob a responsabilidade do município a relocação das famílias, em caso de despejo. E salienta que, diversamente do que havia sendo construído no grupo de trabalho do qual diversas secretarias do município fazem parte, a posição atual do prefeito é no sentido da realocação dos moradores, porém o diálogo não foi fechado no intuito de atender os anseios da comunidade, que espera se manter no local onde construíram suas casas e dão função social ao terreno há 4 anos.

Para Dra. Carina, a prefeitura protocolou uma petição nos autos, pedindo a suspensão da decisão de reintegração de posse por um ano, até que a mesma possa construir casas em outro local. Essa é a pretensão apresentada pelo município, com a promessa de investir na construção de casas com recursos federais.

“Ocorre que não temos nenhuma garantia nem fundamentos para acreditar que isso possa ser realmente efetivado”, disse Dra. Carina reforçando que o local, onde a prefeitura decidiu que as famílias seriam relocadas, também passa por processo de desapropriação.

 

Confira entrevista completa a partir de 44 minutos:



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