SAJ: motoboys temem onda de violência e empresas sentem impactos no serviço de Delivery

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Devido à onda de violência na cidade, mototaxistas temem trabalhar a noite e afeta sistema Delivery em Santo Antônio de Jesus.

Na última sexta-feira (10), um jovem foi morto a tiros em plena luz do dia na Rua Castro Alves, trecho muito movimentado. Ele trabalhava no serviço de Delivery e estava com a farda da empresa na hora do crime (ver aqui).

Contudo, além dele, outros homicídios aconteceram na cidade tanto durante o dia como a noite, em diversos bairros.

Em entrevista ao Blog do Valente, um empresário relatou que encontra dificuldades para contratar os serviços de um motoboy para fazer entregas na cidade por conta do aumento da insegurança.

“Ontem só tive um entregador porque ninguém queria rodar. A gente teve que incentivar os clientes a fazer retirada”, disse.

Motoboys sentem inseguros

Em Santo Antônio de Jesus é muito comum o serviço de mototaxista. Além de transporte de passageiros, os profissionais também fazem entregas de produtos para diversos estabelecimentos como farmácias, pizzarias, restaurantes e outros.

Para um motoboy que preferiu não se identificar, o medo tem tomado conta deles e o serviço tem reduzido.

“Depois que começou essa guerra, está uma situação muito difícil. Creio que não só eu, mas muitos motoboys estão com medo de ir em certos bairros fazer entrega. A gente nunca sabe o que pode acontecer, ficamos com medo de ser confundidos. Vivemos numa linha tênue entre precisar sobreviver e precisar viver sem se machucar”, explicou ao Blog do Valente.

Segundo ele, cada viagem é tensa e, muitos deles até abandonaram a profissão mesmo precisando da renda.

“Todos os motoboys que estão na rua de fato estão precisando. São muitos pais de família que estão rodando aí com medo, alguns deixaram de rodar, outros mudaram de cidade pelo medo de tudo que vem acontecendo. É impossível sair e não pensar em ser confundido quando parar no sinal, quando tiver levando um passageiro”, frisou.

De acordo com outro motoboy, a categoria não sabe o que fazer, pois se eles ficarem sem rodar, não ganham nada.

“Nossa profissão é de risco e a gente só ganha se rodar. A gente estava sendo impedido de ir fazer entrega em alguns bairros por medo porque ouvimos falar que ia fechar os bairros, ter tiros”, pontuou.

 



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