Falar de masturbação ainda é algo considerado constrangedor até para alguns adultos. Afim de quebrar tabus a respeito do tema, a doutora em química, pesquisadora em orgasmo e professora da UFRB, Carine Oliveira, em entrevista ao Levante a Voz, na última terça-feira (12), desmistificou algumas questões relacionadas ao assunto.
A especialista explicou que o tema da masturbação tem sua origem na Idade Antiga, quando estava associada ao deus grego Hermes. A prática passou a ser encarada como tabu a partir da disseminação dos ensinamentos religiosos. “Até o surgimento do Cristianismo, as questões sexuais eram valorizadas, respeitadas, faziam parte dos diálogos. Com a religião, o sexo passou a ser visto como algo sujo, e como uma atividade para procriar”, comentou.
Confira a seguir algumas dúvidas enviadas pelos ouvintes e respondidas pela especialista:
Uma esposa flagrou o marido se masturbando e se sentiu muito mal com isso. É normal homem casado se masturbar?
– Sim, isso não é vício. Ele nem sempre está pensando em uma pessoa específica, pode ser alguém que ele fantasiou. O homem se masturba e cria fantasias sexuais. Isso não quer dizer que ele não sinta tesão pela esposa. Não tem porque ela se sentir “pra baixo”.
É possível que a menina, ao se masturbar, perca a virgindade?
– A nível de anatomia, de rompimento do hímen, sim. A menina pode perder a virgindade se ela usar algum objeto, dependendo do quanto ela o penetra.
A masturbação altera o formato do pênis?
– Não. Nem no tamanho, nem na largura, não aumenta, nem afina.
É comum alguém se tornar viciado em se masturbar?
Não.Quando se torna vício, aí já é uma questão patológica que precisa ser tratada.
Existem casos de homens que conseguem ereção quando se masturbam, mas quando estão diante de outra pessoa não conseguem ter uma relação. O que ocorre nesses casos?
– Existe a questão da autoconfiança. Uma orientação que dou é, a partir do momento que você se dispõe a ter uma relação sexual, se envolva por completo. Entre disposto a sentir prazer e dar prazer, e não com o intuito de ser avaliado.
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