Como se faz uma pesquisa eleitoral

Para fazer as pesquisas de opinião, os institutos ouvem apenas uma parte da população. Mas como um pequeno grupo pode expressar a opinião de milhões de habitantes? Há dez anos, o entrevistador Jefferson Nogueira, bate de porta em porta em busca da opinião das pessoas. Convencer o público a falar é um desafio. “A maior dificuldade são as recusas. O pessoal não acreditar mesmo nas pesquisas e recusar, achar que é uma falcatrua, que a gente vai pegar alguns dados que não sejam realmente de pesquisas”, conta. No caso da pesquisa eleitoral, a amostra deve ter as mesmas características da cidade pesquisada. Se o município tiver 40% de homens e 60% de mulheres, os entrevistadores terão de manter essa proporção. Isso vale também para a idade, o grau de instrução, a faixa de renda e outras variáveis que os institutos de pesquisa considerem necessárias. Para obter com precisão todas as informações, os institutos recorrem ao Censo do IBGE, à Pnad (Pesquisas Nacional por Amostra de Domicílios) e ao banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral. Depois de coletar os dados na rua ou por telefone, os números são tabulados.

Margem de erro

Os números da amostra determinam a margem de erro. Se o candidato A tem 33% das intenções de voto e o candidato B tem 37% e a margem de erro é de três pontos percentuais, significa que o primeiro pode ter entre 30% e 36% das intenções de voto e o B, entre 34% e 40%. A margem de erro não invalida o resultado da pesquisa. “Quanto maior a amostra que você trabalhar, menor o erro que vai estar embutido nessa pesquisa”, diz o diretor executivo de pesquisa Mário Mattos. O analista de sistemas Valdir Vasques nunca respondeu a uma pesquisa, mas gostaria de colaborar com o trabalho que sempre respeitou. “Elas [as pesquisas] trazem para a vida a realidade”, diz. (fonte: G1)



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