Sobe para 23 o nº de casos de sarampo confirmados na Bahia; 7 cidades têm registros

Mais um caso confirmado de sarampo foi registrado na cidade de Ituberá, baixo sul da Bahia, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (24) pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Com isso, o número de ocorrências confirmadas da doença no estado sobe, em uma semana, de 22 para 23. O último boletim havia sido divulgado em 17 de outubro.

Segundo a Sesab, os números correspondem ao levantamento feito até a semana epidemiológica 42 (19/10). Dos 23 casos de sarampo confirmados na Bahia, 12 são em Santo Amaro, 5 em Gandu, 2 em Ituberá, 1 em Jacobina, 1 em Palmeiras, 1 em Salvador e 1 em Andorinha.

A Sesab ainda destaca que, do total de casos, cinco são importados, o que significa que a contaminação ocorreu em outras localidades fora da Bahia, mas a notificação se deu durante a estadia aqui no estado. Esses casos são em Porto Seguro (1), Salvador (1), Souto Soares (1) e Caetité (2).

Até o momento, foram notificados 584 casos suspeitos de sarampo, sendo 310 descartados, 23 confirmados, enquanto 251 permanecem em investigação.

Campanha de vacinação

Começou na segunda-feira (7) a campanha nacional de vacinação contra sarampo. A ação segue até sexta-feira (25). O público-alvo é formado por crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), devido a vulnerabilidade desse grupo contrair o agravo e evoluir para complicações graves e até mesmo levar ao óbito.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (Sms) de Salvador, o município vacinou 90,5% das crianças de um ano de idade, faixa etária dentro do público-alvo da campanha.

Em Salvador, todos os postos de saúde oferecem a imunização contra a doença. O atendimento nas unidades ocorre de 8h às 17h, de segunda a sexta-feira (exceto feriados).

Sarampo

O que é:

O sarampo é uma doença infecciosa, extremamente contagiosa, transmitida pela tosse e espirro, e pode ser contraída por pessoas de qualquer idade.

Como é transmitido:

De pessoa a pessoa, através das secreções nasais ao tossir, expirar ou falar. O contágio também se dá por dispersão de gotículas com partículas virais (aerossóis) no ar, em ambientes fechados como, por exemplo, escolas, creches e clínicas. O vírus pode permanecer em ambiente fechado por até duas horas depois de a pessoa infectada ter saído do local.

Sintomas:

Os sintomas da doença aparecem apenas de 10 a 14 dias após a exposição ao vírus. Incluem tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na pele com manchas vermelhas. Além disso, em casos mais graves, pode causar também infecção nos ouvidos, pneumonia, diarreia, convulsões e lesões no sistema nervoso.

Diagnóstico e tratamento:

O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado com exames de laboratório específicos como IgM para Sarampo ou PCR (reação da cadeia de polimerase) para identificar o vírus. Não há tratamento para uma infecção de sarampo que já está estabelecida e é necessário auxílio médico para aliviar os sintomas e acompanhar a evolução do paciente. Normalmente, os sintomas desaparecem em dias ou semanas.

Situação:

A doença é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo. No Brasil, graças às sucessivas campanhas de vacinação e programas de vigilância epidemiológica, a mortalidade não chega a 0,5%. Porém, em 2017, a vacinação de crianças menores de um ano teve seu menor índice de cobertura em 16 anos no país. A baixa taxa de imunização é um dos motivos de o vírus ter voltado a circular no Brasil.

Prevenção:

Vacinar é o meio mais eficaz de prevenir o sarampo. Duas doses da vacina são recomendadas para garantir a imunidade e evitar surtos, pois aproximadamente 15% das crianças vacinadas falham no desenvolvimento de imunidade da primeira dose. A vacina Tetra Viral é indicada para prevenção do sarampo e está disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 6 meses de idade. Outra opção é a vacina tríplice viral.

*G1



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