Vendedores relatam queda de até 90% nas vendas de peixe por causa do óleo

Foto: Marina Silva/ CORREIO

As sextas-feiras costumam ser movimentadas no Mercado do Peixe de Água de Meninos, com os baianos comprando seus pescados para garantir o almoço do fim de semana. Entretanto, com o receio dos clientes por conta do óleo que atinge praias dos Nordeste, o fluxo de compradores no local diminuiu e os vendedores relataram queda de até 90% nas vendas.

“Eu costumo vender R$ 3 mil por dia, em média. Hoje eu tive que ralar muito para conseguir ganhar R$ 300. Amanhã eu nem vou pegar mercadoria porque não adianta, não vende”, lamenta o vendedor Edvanilton Conceição da Hora, 38. O baixo fluxo fica evidente logo ao chegar no local. Em 50 minutos, a reportagem contou apenas dez clientes que se dividiam entre os mais de 60 boxes do Mercado do Peixe.

Todos os vendedores ouvidos pela reportagem apontam as manchas de óleo que apareceram nas praias do Nordeste como causa para o baixo número de clientes. Entretanto, de acordo com eles, a preocupação dos consumidores é sem motivo, já que praticamente toda a mercadoria vendida no local vem de estados da região Sul e Norte, sem ligação com os vazamentos.

 

“É importante deixar claro isso. Todo peixe que eu vendo vem de fora, de barcos que pescam em alto mar. Só hoje mesmo três clientes me ligaram perguntando se os peixes estavam poluídos e eu tive que explicar isso. Infelizmente, mesmo com eu esclarecendo, alguns deixavam de vir por medo”, relata o vendedor Emanuel Santos, 27 anos, que registrou queda de quase 40% nas vendas.

Os poucos clientes que foram até o local, entretanto, não demonstravam preocupação com o estado do item. “Eu compro aqui há muitos anos, sempre na mesma banca. Sei de toda a origem e procedência e não tenho medo não. Esse marisco aqui mesmo vem de um criadouro artificial lá em Alagoas. Não tem nada a ver com o óleo”, conta o comerciante Ângelo Santos Silva, 54.

Fonte Correio*



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia