Remédios de intubação de hospitais privados podem acabar em 48h, diz associação

Foto : Breno Esaki/Agência Saúde DF

O diretor-executivo da Associação Nacional de Hospitais Privado (Anahp), Marco Aurélio Ferreira, afirmou que a iniciativa do Ministério da Saúde de requisitar medicamentos da indústria usados para intubar pacientes e destiná-los ao SUS pode fazer com que eles acabem em até 48 horas em algumas instituições privadas.

Nesta semana, o governo decidiu fazer as requisições depois de receber a informação de que os estoques do Sistema Único de Saúde (SUS) poderiam terminar em 15 dias. Faltam sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares, essenciais para instalar o tubo de oxigênio nos doentes. Sem eles, não é possível socorrer pacientes graves que estão em UTIs e precisam de ventilação mecânica. E eles podem morrer sufocados.

“Precisamos que o governo dialogue o quanto antes com o setor privado. Nossos estoques estão muito baixos e não estão sendo repostos pela indústria por conta das requisições administrativas que o ministério está fazendo nas fábricas”, afirma Ferreira, ao jornal Folha de S. Paulo.

“A situação é preocupante porque os hospitais estão lotados. Alguns medicamentos podem acabar em até 48 horas”, segue ele.

Ferreira afirma ainda que uma pesquisa foi feita com os associados nesta semana. Os hospitais informaram que o estoque de medicamentos duraria de 5 a 15 dias. Com a demanda explosiva, no entanto, e o corte de fornecimento, o prazo foi reduzido.

Ele afirma que passou “até mal” quando ouviu nesta sexta (19) o relato de gestores das instituições.



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