A irmã de um dos homens baleados durante uma ação policial em Lauro de Freitas afirma que policiais chegaram atirando. A ação ocorreu na manhã de domingo (20), em uma partida de futebol de várzea no bairro de Portão, onde deixou um morto e dois feridos. Segundo a mulher que não quis se identificar, seu irmão de 27 anos se jogou no chão para se proteger dos disparos efetuados pelos militares, mas foi atingido nas costas e socorrido por populares. “Os policiais chegaram atirando. Eles [homens] se jogaram no chão. No momento em que ele [irmão baleado] se jogou, foi a hora que aconteceu o disparo. Ele só pede que ‘pelo amor de Deus’ tire ele daí, e fica o tempo todo chamando a filha. Ele falou: ‘Amanhã eu preciso estar no meu emprego, porque eu tenho uma filha para criar’”, contou ela ao G1. Ele foi socorrido para o Hospital Geral Menandro de Faria, e não precisou passar por cirurgia, de acordo com outra irmã. “O médico me falou que o caso dele não é cirúrgico. A gente quer que retire a bala, ou tire ele de risco. Não tem anestesista em pleno domingo e ele tá reclamando de dor. Eles estão levando o caso como se fosse uma gripe”, falou.
Conforme a versão da Polícia Militar, a guarnição fazia rondas na localidade conhecida como Pé Preto, e se deparou com 15 homens armados próximo a um matagal que começaram o tiroteio. A mulher nega a versão da polícia. De acordo com o G1, o rapaz foi conduzido para o Hospital Geral do Estado sob custódia policial.
