O que fazer quando se tem por objetivo cumprir a lei, mesmo sabendo-se que, para isso, torna-se necessário apreender mercadorias de pessoas carentes que não tem outra fonte de renda que não a revenda de CDs e DVDs piratas? Essa é a polêmica questão com que a Polícia Militar de Santo Antônio de Jesus tem que conviver todas as semanas no centro da cidade. Para variar, na terça feira ( 16 ) mais uma apreensão de material pirata aconteceu nas imediações da Praça Padre Mateus. Os camelôs, apesar de revoltados, pareciam já estar acostumados com as idas e vindas, sabendo por antecipação o que teriam de fazer: voltar a Feira de Santana para comprar mais produtos e assim retornarem aos seus pontos de venda em Santo Antônio, venderem e aguardarem pela próxima ação da polícia. A essa altura do campeonato, como coibir um comércio clandestino que já se tornou tão entranhado no dia a dia do brasileiro? Apesar das campanhas na TV, do endurecimento das leis e tudo que se tem feito para acabar com a pirataria, ela permanece. Pelo menos até a formulação de um esquema tecnológico anti pirataria que realmente funcione.