Estado fecha acordo para novo centro de convenções

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O governo baiano já chegou a um acordo com a Marinha para a implantação do novo centro de convenções de Salvador, no bairro do Comércio. O equipamento deve ser mesmo instalado na área onde funciona atualmente a sede dos fuzileiros navais e o Hospital Naval.

“Estamos agora vendo apenas como será feita a indenização pelo Estado à Marinha, com a alternativa inclusive de construirmos uma nova base para os fuzileiros na região de Aratu”, diz o secretário de Turismo, Nelson Pelegrino.

Este deve ser o principal argumento do secretário para tentar acalmar os ânimos dos membros do Conselho Baiano de Turismo, que já agendaram para amanhã   uma audiência com Pelegrino para cobrar maior agilidade das obras do antigo centro de convenções, no bairro de Jardim Armação –  até que o novo equipamento fique pronto.

Informações anteriormente divulgadas na imprensa davam conta de que o projeto prevê um equipamento com capacidade para receber eventos de até 30 mil pessoas. Até então, as negociações haviam sido iniciadas, mas a Marinha ainda estava estudando por considerar a área estratégica.

Atraso e novo prazo

“Sobre o novo centro, estamos ainda avaliando o modelo de exploração: se por concessão ou Parceria Público e Privada (PPP), mas em relação ao antigo, a previsão é de que já esteja operando em 2017”, assegura Nelson Pelegrino.

“Queremos uma data para podermos iniciar a captação de eventos”, diz Sílvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Febha), uma das 20 entidades que compõem o Conselho Baiano de Turismo.

Pessoa lembra que as obras já foram prometidas para três datas, sendo que a última era agosto “e hoje já se fala em 2017, sem nem definir mais nem a data”, como frisa.

Pelegrino explica o atraso: “À medida que as obras emergenciais foram avançando, as equipes descobriram mais estruturas metálicas comprometidas por conta da alta taxa de salitre na região, forçando o governo a fazer um aditivo ao contrato inicial”.

Orçadas em R$ 13,2 milhões, as obras de recuperação do centro de convenções preveem a troca dos tirantes de reforço da estrutura, revisão do forro, parte elétrica, troca de carpetes e reparos isolados de manutenção. “Toda a parte estrutural deve ficar pronta em maio ou junho”, garante o secretário, que vai lançar licitação para a climatização do espaço.

Pelegrino rebate às críticas do trade turístico de que a cidade ficou sem alternativa para realização de eventos de negócios. “Enquanto o Centro de Convenções está em reforma, temos a opção da Arena Fonte Nova, do Cimatec e do Teatro Castro Alves, por exemplo. Já os eventos menores, de até 1.200 pessoas, devem continuar sendo captados para os salões de eventos dos hotéis”, informa.

Pestana

O secretário discorda das alegações de que o Hotel Pestana fechou por conta da falta de um centro de convenções na cidade. “Isso não se justifica porque eles têm 430 quartos e um centro de convenções para quase mil pessoas, o que lhes permitia ter investido em eventos próprios”, diz.

Sobre as acusações de que o setor tem investido pouco em promoção da cidade, o secretário diz que o governo baiano investiu recentemente R$ 3 milhões em divulgação do verão, além de participar sempre de eventos especializados em todo o mundo. “Já confirmamos, por exemplo, nossa participação nas feiras de Portugal e Alemanha este semestre”, informa.

“É preciso muito mais, pois estamos perdendo muita participação no turismo de negócios para outras cidades do Nordeste, como Pernambuco e Fortaleza”, rebate Pessoa. Os dados da Febha confirmam que a taxa média de ocupação em Salvador na baixa estação era de 66% e, nos últimos dois anos, caiu para 54%. (A Tarde)



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