Professor é investigado por abuso de alunas de 9 anos em escola particular

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Um professor de informática da escola particular Anglo-Brasileiro, em Salvador, é suspeito de abusar de alunas do ensino fundamental durante as aulas. A denúncia foi feita ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) pelos familiares das vítimas.

O G1 entrou em contato com o MP-BA, que confirmou a denúncia. De acordo com o órgão, o caso corre em sigilo de justiça para preservar a identidade das crianças. A diretoria do colégio Anglo-Brasileiro informou que o professor foi afastado das funções.

Segundo o relato da familiar de uma das vítimas, que preferiu não se identificar, o professor acariciava as partes íntimas das meninas quando ia tirar dúvidas. Uma das crianças tem 9 anos. “O professor se aproveitava na aula, pegava as meninas quando era chamado para explicar alguma dúvida, fazia carícias, descia pela barriga e chegava até a parte íntima”, contou.

De acordo com a parente, o MP-BA esteve na escola na semana passada e recolheu o computador e celular do professor. O colégio Anglo-Brasileiro fica no bairro de Patamares, região que concentra as maiores rendas de Salvador (em torno de R$ 3.970, segundo dados do IBGE), e atualmente tem uma mensalidade de R$ 2.866,60 para alunos do 4º ano, uma das turmas que o professor dava aulas.

A diretoria do colégio informou por meio de nota que está tomando todas as medidas internas e externas para a apuração dos fatos. A instituição ainda informou que está à disposição das autoridades no intuito de colaborar com o que for necessário.

Segundo um familiar das vítimas, o MP esteve na escola na semana passada (Foto: Arquivo pessoal)
Segundo um familiar das vítimas, o MP esteve na
escola na semana passada (Foto: Arquivo pessoal)

Denúncia

De acordo com outro familiar, que também não quis se identificar, o docente ainda oferecia bombons durante o intervalo das aulas, convidava as alunas a mexerem no computador e aproveitava para cometer os abusos.

“Ela [a criança] disse que ele fazia isso toda aula de informática e que na hora do recreio ele chamava as crianças para mexerem no computador e oferecia bombons, doces”, relatou.

Segundo a parente da vítima, a criança revelou que os abusos ocorriam com frequência e que as colegas ficavam com medo de contar aos pais e serem responsabilizadas. De acordo com o familiar, cerca de 11 pais prestaram queixa no Ministério Público contra o professor. Uma das mães chegou a gravar o depoimento da filha em vídeo, com detalhes dos abusos, e entregou como prova da denúncia.

Suspeitas
Ainda de acordo com relatos de familiares, há suspeitas de que os abusos já aconteciam há cerca de cinco anos, pois a irmã de uma das vítimas, atualmente com 16 anos, relatou que o professor fazia o mesmo com ela na época em que estudava no ensino fundamental.

“Até agora, 11 mães prestaram queixa, mas tem muita gente ainda. Tem uma adolescente de 16 anos que quando ouviu a irmã de 9 falar para a mãe o que ele fazia, entrou em pânico e disse que ele fez a mesma coisa com ela quando ela tinha 9 anos”, revolta-se.

As famílias esperam por justiça. “Sei que querem preservar as crianças, mas a justiça é muito lenta e não tenho paciência para esperar. Tenho medo de que ele continue fazendo esses absurdos com nossas meninas”, conclui a parente de uma das vítimas.

*G1



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