Promotora baiana é reconhecida entre as 100 pessoas mais influentes do mundo

Por conta do trabalho de combate ao racismo e à intolerância religiosa, junto ao Ministério Público (MP-BA), a promotora de justiça baiana, Lívia Maria Sant’Anna Vaz, foi a única brasileira com atuação no Sistema de Justiça a receber a homenagem do Mais Influente Afrodescendente (Mipad). Ela foi reconhecida na categoria “Mentes Jurídicas”. O prêmio condecora as 100 pessoas de descendência africana mais influentes do mundo.

Os reconhecimentos do Mipad estão inseridos na agenda da Década Internacional das Nações Unidas para Afrodescendentes, que iniciou em 2015, e seguirá apresentando estas lideranças até 2024. Eles são concedidos a grandes empreendedores de que atuam em setores públicos e privados de todo o mundo.

De acordo com Livia, compor a lista corresponde ao reconhecimento da importância do trabalho que vem sendo realizado junto ao MP da Bahia. Além disso, significa um incentivo pra continuar nessa atuação de enfrentamento ao racismo e à intolerância religiosa, e promoção da igualdade racial.

A promotora ainda disse que ser promotora de Justiça nessa sociedade brasileira ainda é ser uma exceção que confirma a regra de exclusão de pessoas negras nos espaços. “Sabemos que essa sub-representação, quase ausência de pessoas negras, de forma mais especial ainda de mulheres negras nesses espaços faz com que as instituições acabem reproduzindo o racismo institucional”, lamentou.

Lívia Vaz ingressou no MP baiano em 2004, atuou nas comarcas de Brejões, Macaúbas, Seabra e Itabuna até chegar em Salvador. Na capital, ela começou a atuação específica na Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e também passou a coordenar, em 2015, o Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação do MPBA (GEDHDIS).



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