‘Cumpriu o código de ética’, diz dirigente sindical sobre médica que se recusou a atender petista

capaArgO presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers), Paulo Argollo Mendes, incendiou a polêmica entre a vereadora petista Ariane Leitão e a pediatra que se recusou a atender seu filho por causa de política. Em entrevista a um jornal gaúcho, Argollo disse que a médica Maria Dolores Bressan deveria se “orgulhar” por ter cumprido o código de ética da profissão. “Ela não tem porque se arrepender. Ela tem que se orgulhar disso. Tem que se orgulhar de ter sido clara, honesta”, disse o dirigente sindical ao jornal Diário Gaúcho.

Depois da repercussão nas redes sociais das declarações de Mendes, o sindicato decidiu que não haveria mais declarações de nenhum de seus representantes sobre o caso.

“O SIMERS não se pronunciará mais sobre o tema. Em função de eventual uso político-partidário e eleitoral do episódio, o sindicato esclarece que já prestou os esclarecimentos necessários no caso”.

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Horas antes de decidir pelo silêncio, o Simers havia divulgado nota em que mencionava o Código de Ética dos médicos.

“Em relação à entrevista concedida pelo presidente do Sindicato Médico do RS (SIMERS), Paulo de Argollo Mendes, ao jornal Diário Gaúcho nesta quarta-feira, 30, sobre o episódio que envolve a negativa de atendimento entre uma médica e o filho de uma vereadora, esta entidade esclarece:

A declaração confirma o posicionamento do SIMERS a respeito do cumprimento do Código de Ética Médica, o qual garante que “o médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente.O SIMERS reforça sua posição apartidária e de respeito a todos os cidadãos.”
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A vereadora suplente e o presidente do Sindicato dos Médicos já estiveram em posições opostas anteriormente. Em 2013, quando o programa Mais Médicos, do governo federal, começou a trazer médicos cubanos para reforçar o atendimento à população, Argollo foi contrário à ideia publicamente por meio do sindicato – na época, Ariane, então secretária de Políticas para as Mulheres do governo petista de Tarso Genro, defendeu o programa. (ExtraGlobo)



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