Incêndio que matou 3 crianças em MT começou em fogão, diz laudo

O incêndio que matou três crianças, de 3,7 e 10 anos, no início deste mês em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, teve início no fogão da casa onde as vítimas estavam trancadas. O resultado do laudo foi divulgado nesta sexta-feira (20) pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso de Várzea Grande.

De acordo com a delegacia, o laudo pericial – da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) – apontou provável causa acidental, onde foi verificado em exame que a válvula de regulagem do gás estava danificada e sem a válvula de alívio, o que sugere que tenha gerado um efeito ‘maçarico’ junto ao botijão no momento do incêndio. Desse modo, à medida que o gás ia vazando, em contato com o fogo, ia aumentando a combustão.

A suspeita da causa do incêndio já havia sido levantada na oitiva de um dos adolescentes, de 13 anos, que vivia na casa – ele é irmão e tio das vítimas. Em depoimento, o adolescente, que estava na escola durante o incêndio, contou que o irmão, de 10 anos, costuma dar banho nos menores e também cozinhar para a família.

Num primeiro momento foi cogitada a possibilidade de uma vela ter propagado o fogo na casa, já que não havia energia elétrica no local. O laudo descarta o incêndio criminoso. O fogo se propagou de dentro para fora da casa. A polícia também recebeu na tarde de quinta-feira (19) o exame de DNA confirmando a identidade das vítimas.

incendiocriancas

Abandono
Gonçalina Neris de Almeida, de 40 anos, mãe e avó das 3 crianças, foi presa em flagrante e continua detida no presídio Ana Maria do Couto May, em Cuiabá. Ela foi indiciada por abandono de incapaz qualificado com resultado morte. O pai das crianças, ex-marido de Gonçalina, Joilson de Oliveira, foi indiciado por abandono de incapaz, sem qualificante, e responde em liberdade.

A adolescente de 17 anos, era mãe da criança de 3 anos que morreu no incêndio. Atualmente ela está sob responsabilidade de uma tia. O procedimento da DEA corre junto à Vara de Infância e Juventude de Várzea Grande. O laudo pericial será enviado nesta sexta-feira (20) ao Fórum de Várzea Grande para juntada nos autos do inquérito policial que já finalizado.

*G1



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