Pai confessa que matou filho de 9 meses por causa de choro: ‘Chacoalhei com força’

O jovem de 18 anos suspeito de matar o próprio filho, um bebê de nove meses, confessou o crime em depoimento à Polícia Civil. O crime aconteceu no sábado em São Roque, interior de São Paulo. João Paulo Rosa disse que “chacoalhou” o filho para que ele parasse de chorar. O bebê foi levado à Santa Casa da cidade e já chegou morto, com hematomas pelo corpo e sangramento pela boca.

Preso na segunda, João Paulo confessou a agressão, que aconteceu dentro de casa. Ele disse que durante a madrugada se irritou com o choro do filho. “Peguei ele pela barriga, joguei no carrinho e chacoalhei com força, aí ele parou de chorar”, disse ele aos investigadores. João Paulo contou que tentava dormir, mas o choro da criança atrapalhava. “A gente colocou ele no meio de nós para dormir, mas ele não quis. Fui na cozinha e ele começou a gritar mais. Peguei o carrinho e ‘nanei’ ele, até dormir. Fizemos isso três a quatro vezes. Ele acordou de novo. Eu peguei já com raiva, e, no pegar, chacoalhou. Joguei ele no carrinho. Ele chorou mais. Chacoalhei ele muito forte e aí ele parou de chorar”, afirmou, sem aparentar arrependimento.

Ele disse que ele e a mãe do bebê só perceberam de manhã que a criança não estava bem. “Quando acordamos a gente percebeu. Ela (mãe da criança) ficou desesperada andando de um lado para o outro. Coloquei na cama e tentei fazer massagem cardíaca e respiração boca-a-boca, como eu via nos filmes, mas já senti gosto de sangue”, explicou. Os dois levaram então o bebê ao hospital.
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No depoimento, o pai da criança disse ainda que ele e a esposa usaram maconha horas antes da agressão, na noite de sexta. Ele afirmou que foi a primeira vez que agrediu o filho. “Estou muito arrependido do que eu fiz. Não devia ter feito com grosseria. Devia ter tido a calma que tive antes do acontecido. Não é para estourar com uma criança. Eu não consigo aceitar o que aconteceu”, disse, com tranquilidade.
A mãe da criança, uma adolescente de 16 anos, já havia registrado este mês ocorrência contra o companheiro, após receber ameaças de morte. Ela disse em depoimento que não sabe o que houve com o filho porque estaria dormindo. A adolescente foi apreendida por omissão de socorro e está internada na Fundação Casa.
Já o pai, que é ajudante de marceneiro, vai responder por homicídio qualificado, com agravante de motivo fútil e de ser pai da criança.
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