Mulher é morta a facadas em frente à filha de 7 anos durante assalto

Uma dona de casa de 46 anos foi morta durante um assalto na noite desta quinta-feira, no Estácio, região central do Rio. Cristiane de Souza Andrade levou duas facadas no pescoço após dizer ao bandido que não tinha dinheiro. O crime aconteceu na Rua Haddock Lobo, no trecho próximo à sede da Prefeitura do Rio, em frente à filha dela, de apenas 7 anos.

– A minha mãe havia saído de casa para ir ao mercado, como fazia sempre. Havia saído do mercado quando aconteceu. Um rapaz se aproximou dela, anunciou o assalto e pediu dinheiro. Ela disse que não tinha. O cara simplesmente deu duas facadas no pescoço dela – contou o universitário e trabalhador autônomo Wallace de Souza Andrade, de 27 anos.

O relato sobre o que aconteceu com Cristiane foi feito pela filha dela, que ajudou no socorro à mãe.

– Foi duro ter que ouvir isso de uma menina de 7 anos, viu? Ela sabe que a mãe está machucada, mas a gente não teve como contar ainda do falecimento. Não sabemos como dar a notícia – lamentou Wallace.

O rapaz mora perto da mãe e disse que no horário em que ela foi abordada, por volta das 20h30m, a rua costuma ser bastante movimentada:

– Essa violência toda… É complicado, viu? É ali pertinho da prefeitura. Deveria ter segurança. E ser morta com essa violência toda. Minha mãe nem reagiu. Só falou que não tinha dinheiro.

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Cristiane ainda foi levada para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas não resistiu. O corpo seguirá para o Instituto Médico Legal (IML). Parentes da dona de casa foram ouvidos na 6ª DP (Cidade Nova), mas o caso será transferido para a Divisão de Homicídios (DH).

O enterro de Cristiane será realizado às 17h desta sexta-feira, no Cemitério do Caju, na Zona Norte do Rio.

O ex-marido da vítima e pai de Wallace, José Ferreira, de 48 anos, estava separado de Cristiane há cerca de 20 anos, mas mantinha contato e amizade com a dona de casa:

– Estou muito triste. Ainda não consigo acreditar. Ela era uma pessoa muito bem humorada, que gostava de dançar e aproveitar a vida. Foi mais uma vítima da violência que vemos todos os dias nos jornais.

‘Estava desesperada’

O taxista Vagner Saúde, de 28 anos, ajudou a socorrer Cristiane e lembrou do desespero da filha dela:

– A menina estava completamente desesperada. De cortar o coração.

Ele mora no Estácio há 25 anos e se queixou da violência no bairro. De acordo com o taxista, consumidores de crack costumam se reunir na Praça do Telégrafo, em frente ao local onde a dona de casa foi atacada:

– Estão tendo muitos assaltos. A gente está sem segurança. Minha mãe tem 65 anos e evita sair à noite aqui no bairro. Nunca vi desse jeito. A praça fica cheia de cracudos à noite.

De acordo com moradores, na quinta-feira, horas antes de Cristiane ser ferida, um motorista foi assaltado na Rua Sampaio Ferraz, onde ela morava.

Nesta sexta de manhã, havia uma patrulha da PM na Praça do Telégrafo e também motos da corporação circulando pelo local.

*Extra



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