O Brasil teve, pelo menos, 4.632 pedidos de afastamento do trabalho por causa de gravidez que acabou em aborto nos primeiros seis meses deste ano. Ou seja, são cerca de 25 solicitações diárias – mais de um por hora. O levantamento foi feito pelo site Ondda, com base em dados do Ministério da Previdência.
Em 2015, o país registrou 3.573 pedidos de afastamento por aborto nos primeiros seis meses do mês, o que indica aumento de 30% neste ano. Os dados não revelam, no entanto, quantos dos procedimentos foram realizados de forma legal ou ilegal.
De acordo com o ministério, a gravidez ectópica (quando o óvulo fecundado se instala fora do útero) é a principal causa de aborto. Mais da metade as ocorrências – 2.407 casos – foram causadas por esse tipo de gravidez. Em seguida, vem o aborto por causa espontânea, com 1.279 pedidos.
No país, a mulher só tem direito a abortar em três casos: com gravidez após estupro; quando há risco de morte para a mãe ou se o feto é anencéfalo.
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