Mãe é presa por forçar filha de 17 anos a abortar

 Uma adolescente de 17 anos velou o feto que teria sido obrigada pela mãe a abortar com três rosas. Depois, colocou um terço junto ao filho em uma caixa de sapatos e o enterrou no quintal de casa, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O pai do bebê, a quem a vítima relatou a cena, acabou denunciando o caso à polícia. A mãe da garota, uma enfermeira e um pedreiro foram presos nesta terça-feira (16) pelo crime cometido em março, no bairro Guanandi.

Conforme Aline Sinotti, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), o aborto foi realizado em março, na 21ª semana de gestação. No dia 15, após denúncia do namorado da vítima, cujo nome foi preservado, o corpo foi encontrado, “em uma cova de 1,60 metro de profundidade”, contou Sinotti ao G1.

Durante investigação policial, a adolescente confessou ter feito ela mesma o aborto. Delegado que investigava o caso, Bruno Urban informou que muitos fatos não condiziam com análise policial. “Alguém que não tenha experiência na lida vai ter bolhas nas mãos se usar uma enxada, e ela não tinha nada”, contou. O fato de a adolescente estar extremamente debilitada para enterrar o bebê sozinha também foi notado pelos investigadores.

O perito Carlos Eduardo Trindade Amaral defende que a mãe obrigou a gestante a tomar remédios e enterrou o corpo do neto com ajuda de um pedreiro. A enfermeira teria ajudado comprar a medicação usada no aborto, atesta a investigação que durou dois meses. A jovem teria tomado quatro comprimidos, no valor de R$ 200 casa, em 13 de março. Depois, tomou mais quatro até que o feto foi expelido, em 15 de março.

A mãe responderá por aborto provocado sem consentimento da gestante, ocultação de cadáver, corrupção de menores e associação criminosa. O pedreiro será indiciado por ocultação de cadáver, associação criminosa e tráfico de drogas, por comprar o remédio usado. A enfermeira vai responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O padrasto da adolescente também foi indiciado por falso testemunho e associação criminosa por ter dito à polícia que a companheira tinha passado a noite do crime com ele.

*NM



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