Chacina dos apps: famílias de motoristas podem receber até R$ 100 mil de seguro

As famílias dos quatro motoristas de aplicativo mortos em chacina no bairro da Mata Escura, em Salvador, e o sobrevivente do ataque podem receber cada um o valor de até R$ 100 mil referente ao seguro de vida que existe no contrato dos condutores com os aplicativos.

Em nota, o aplicativo 99 informou que lamenta profundamente “esse terrível caso de violência, que resultou na morte de quatro pessoas”.  A empresa informou que cada caso é analisado individualmente podendo chegar a R$ 100 mil o valor de cada seguro.

“Além do acolhimento emocional nesse momento de profunda dor, a plataforma está realizando os procedimentos para acionamento de um seguro pessoal que cobre todas as corridas do aplicativo. Os motoristas Alisson Silva Damasceno dos Santos [27 anos] e Genivaldo da Silva Félix [48] eram parceiros da 99 e foram vítimas deste triste crime”, informou em nota.

A empresa confirmou também que o motorista sobrevivente ao ataque também é condutor parceiro da plataforma e que Sávio da Silva Dias, 23, e Daniel Santos da Silva, 30, não estão cadastrados na plataforma como condutores.

Sávio e Daniel eram motoristas inscritos na Uber. Em nota, a Uber informou que não comenta casos específicos, mas destacou que durante cada viagem, tanto os motoristas parceiros quanto os usuários estão cobertos por um seguro APP da Uber para acidentes pessoais cujas indenizações podem chegar a até R$ 100 mil em caso de morte acidental.

Ou seja, no total, por cada vítima pode ser pago – pelas duas empresas – até R$ 500 mil.

Presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativo e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter-BA), Átila Santana,  disse que o motorista sobrevivente lhe fez um relato de descaso em relação a uma das empresas que operam o serviço de motorista por aplicativo.

“Recebi a ligação dele dizendo que a 99 não poderia ajudá-lo porque ele não morreu. Uma indenização de R$ 100 mil que não vale a vida de um trabalhador. Será que eles não perceberam cinco chamadas para um local de alta periculosidade. Não notaram isso?”, disse ontem, durante protesto nas ruas de Salvador.

*Correio



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