Um jornalista sofreu queimaduras em uma das mãos após utilizar álcool em gel em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Alexandre Valdivia, de 46 anos, conta que o acidente aconteceu no último domingo (29), quando ele chegou do trabalho. O jornalista relata que foi cozinhar e não percebeu que a mão foi queimada. “Foi tão rápido e o fogo é invisível. Só percebi o que aconteceu quando vi a mão avermelhada”, declara.
Valdivia conta que chegou em casa e seguiu os passos para higienizar as mãos. “Cheguei, tirei o tênis, lavei as mãos e passei o álcool em gel, aquilo que faço todos os dias”, relata o jornalista, comentando a rotina após pandemia. Ele ainda conta que não imaginava que um acidente como este poderia acontecer. “Fui esquentar comida normalmente, porque a gente não imagina na hora”, explica.
O jornalista só percebeu depois que o fogo causado pelo álcool é invisível. “Minha mão estava queimando e eu nem vi, é muito rápido”, diz. Depois do ocorrido, ele procurou uma dermatologista conhecida para questionar, e confirmou que a queimadura foi causada pelo uso do álcool e aproximação do fogo em seguida.
Álcool em gel só mostra chamas em contato com papel, mas fica invisível em outras superfícies — Foto: Reprodução/ TV Tribuna
Cuidados com o álcool
As chamas causadas pelo álcool em gel são inflamáveis, como explica o Sargento Carlos Eduardo Teixeira, representante do Corpo de Bombeiros. “Ele pega fogo, mas a diferença é que as chamas não são visíveis. Ele demora um tempo maior para consumir, e isso causa o risco de colocar fogo até na própria residencia”, esclarece o bombeiro.
Teixeira reforça que os cuidados em período de pandemia podem continuar, mas que o álcool em gel pode ser substituído dentro de casa, já que na residência lavar as mãos corretamente é o suficiente. “O álcool deve ser utilizado em lugares onde não é possível lavar de forma certa, quando se está na rua, por exemplo”, declara o sargento.
Ele ainda comenta que os acidente podem ser comuns com pessoas que cozinham ou fumam. O sargento ainda afirma que o cuidado deve ser redobrado com o álcool líquido 70%. O produto, que tinha venda proibida, foi liberado diante da falta de álcool em gel nas prateleiras. Diferente do em gel, as chamas aparecem com o líquido, mas a chance de acidentes é maior, explica o sargento.