Presos ligam para polícia para denunciar estupro dentro da delegacia

Conforme o boletim de ocorrência, o policial, suspeito do abuso, deu um celular a outros detentos para que não o denunciassem.

Um investigador da Polícia Civil foi preso em flagrante após ameaçar e estuprar uma detenta de 28 anos dentro da delegacia no interior do Mato Grosso do Sul. O crime que ocorreu no mês de abril veio à tona após o policial tentar “comprar” o silêncio de outros presos.

Segundo a denúncia dos outros detentos o policial retirou a vítima da cela em que estava e a levou para a Sala Lilás, espaço da unidade policial dedicado ao atendimento de mulheres vítimas de violência de gênero. Lá, segundo os relatos, a detenta sofreu abuso sexual.

Conforme o boletim de ocorrência, os detentos, que haviam tido o silêncio “comprado” com um celular, solicitaram a presença de uma delegada da cidade. O grupo afirmava estar com um celular, o que chegou a ser questionado por policiais, mas só esclarecido após a chegada da delegada. Para ela, os detentos disseram ter escutado a vítima chorando na noite anterior, ocasião em que ela revelou ter sido abusada sexualmente pelo investigador.

Os detentos disseram que questionaram o suspeito sobre o estupro, e o investigador disse que nada havia acontecido. Ainda segundo os detentos, o servidor alegou que a presa estava menstruada, por isso, foi retirada da cela.

Após ouvirem o relato dos detentos, a delegada realizou atendimento especializado com a vítima. A detenta relatou que o suspeito foi até a cela dizendo que o advogado dela estava na delegacia e desejava conversar. Foi neste momento que, de acordo com a presa, ela foi retirada da carceragem.

A vítima disse que foi levada para uma sala e obrigada a ficar de joelhos e fazer sexo oral no suspeito. De acordo com a denúncia, a mulher disse que o suspeito já havia cometido abuso contra ela cerca de uma semana antes e que, na ocasião, a obrigou a tomar banho depois do estupro.

Segundo depoimento da vítima, os abusos aconteceram na Sala Lilás da delegacia e no alojamento dos plantonistas, locais aos quais a presa não teria acesso por conta própria.

Com os depoimentos, a delegada buscou imagens das câmeras de segurança da delegacia, que confirmaram que o servidor havia retirado a mulher da cela. Uma detenta que dividia cela com a vítima também confirmou que a companheira foi retirada pelo investigador.

O caso foi informado ao diretor de Polícia Civil de Campo Grande, que acionou a Corregedoria para que localizasse o servidor e o conduzisse a uma delegacia.

As informações são do G1

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