Economista explica mitos e verdades sobre a nova nota de R$ 200

No final de agosto, começa a circular uma cédula no valor de R$ 200. Mal o anúncio da nova nota foi feito pelo Banco Central e explodiram memes na internet acerca da imagem a ser estampada na cédula, mas também surgiram dúvidas e especulações do que ela pode representar na economia e no bolso dos brasileiros.

A previsão é de que a Casa da Moeda imprima 450 milhões de unidades da cédula, que possui estampa do lobo-guará, ainda este ano, totalizando um valor de R$ 90 bilhões.

Para ajudar a esclarecer os principais pontos relacionados a esse lançamento, a economista e professora da Unifacs, Luciana Bandeira, explica o que é mito e o que é verdade sobre a nova nota.

– A nota de R$ 200,00 vai causar inflação. Mito.

A especialista diz que o risco inflacionário com a nova cédula é improvável. Isso porque, com o contexto de pandemia que estamos vivendo, temos menos dinheiro circulando na economia, uma vez que “aumentou-se o desemprego, muitas empresas fecharam, houve redução de salários e queda no PIB brasileiro”, aponta Luciana.

A nova nota pretende evitar uma possível falta de moeda em circulação. Verdade.

A professora da Unifacs conta que, por conta da pandemia e do cenário de instabilidade e incertezas, as pessoas estão guardando mais dinheiro em casa e, com isso, o dinheiro retorna para o sistema bancário numa velocidade menor.

Ela afirma que essa foi uma das causas para a emissão da nova nota. Dessa maneira, o Banco Central estaria agindo de forma preventiva a uma falta de moeda em circulação no futuro, caso persista o hábito de entesouramento por parte da população.

– Com essa nota, há injeção de dinheiro novo na economia. Mito.

Luciana explica que a emissão da cédula de 200 reais não se configura como expansão monetária, uma vez que não aumentará a quantidade de dinheiro em circulação. “O dinheiro emitido não terá a finalidade de aumentar a renda das famílias, por exemplo, como no caso do auxilio emergencial”, avalia a professora.

– Uma nota mais alta como essa diminui a necessidade de notas menores. Verdade.

A criação de uma cédula de maior valor reduz a necessidade de imprimir cédulas menos valiosas, o que implica na quantidade de cédulas que as pessoas vão carregar.

Por exemplo, se você precisar pagar algo à vista no valor de R$ 1.000, com a nota de R$ 200 você só precisa ter em mãos cinco cédulas. Com notas de R$ 50 ou R$ 100, essa quantidade seria bem maior. No entanto, a professora salienta que isso não significa que as notas menores deixarão de existir ou circular.

Fonte: A Tarde



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