Comerciantes apostam na venda de fogos de artifício infantis para recuperar prejuízo nas vendas do ano passado

Imagem: Reprodução G1

Comerciantes de fogo de artifício em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 m de Salvador, estão apostando em itens infantis para recuperar os prejuízos de 2020. Segundo eles, no ano passado, a queda nas vendas foi de 50%.

Este é o segundo ano sem os festejos juninos por causa da pandemia da Covid-19 e entre diversos setores que sofreram impactos econômicos está o mercado de fogos de artifício.

“A venda caiu em uma margem de 50%. Esse ano a gente está tentando recuperar. Houve um entendimento com os fornecedores. Tivemos que buscar produtos mais da linha infantil, a gente sempre se voltou para esses produtos, mas esse ano nos concentramos na linha infantil”, revela Aládio Marques.

O técnico de radiologia Flávio Almeida foi um dos clientes que foi ao local para comprar fogos para o filho de 10 anos.

“A gente não quis deixar passar em branco. Não podemos fazer festa, mas vamos fazer a alegria dele, do primo”, disse.

O representante de medicamentos Luiz Velf, também foi a casa de fogos de Aládio para fazer a alegria do filho mais novo.

“Dei uma economizada porque o maior [filho mais velho] já não quer tanto, mas o pequeno ainda gosta muito”, disse.

Mesmo impactado pelo prejuízo do ano passado e alta nos produtos importados, Aládio disse que preferiu não repassar o aumento no valor dos fogos para os clientes.

“O dólar subiu muito. A gente trabalha com muita coisa importada da China, que foi quem inventou a pólvora, mas a gente enxugou a margem [de lucro] para não assustar o cliente com a mudança do preço de um ano para outro”, revelou.

Mara Rúbia, comerciante de fogos a mais de 20 anos conta que também foi impactada pela pandemia, mas precisou tomar providências para reduzir custos como não investir em um estoque muito grande de produtos.

Ela também precisou reduzir o número de funcionários, não apenas pelas questões financeiras, mas por causa do espaço, já que os vendedores não devem ficar aglomerados.

“Reduzimos o pessoal em 50%. Em 2019 contratamos 40 pessoas, este ano só 20. Primeiro pela redução de consumidores e também a questão do distanciamento que tem que ter de um para o outro”, explicou.

Fonte: G1



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