Ataque do Japão contra Pearl Harbor faz 75 anos

“No dia de ontem, 7 de dezembro de 1941, data que fica registrada nos anais da infâmia, os Estados Unidos da América foram brusca e repentinamente atacados por forças marítimas e aéreas do Império do Japão…”

Assim, o presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, iniciava mensagem enviada ao Congresso norte-americano logo após a ofensiva do Japão contra a base militar de Pearl Harbor, na ilha de Oahu, no Havaí, que culminou na entrada definitiva dos americanos na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Naquele ano, antes do ataque à base dos EUA, o Japão seguia incansável sua trilha pela dominação do Pacifico, com a invasão do Norte da Indochina francesa. O império nipônico previa invadir as Filipinas e a Cingapura.

Antes do ataque, os EUA já vinham freando acordos econômicos com os japoneses. Em novembro de 1941, em desacordo com as ações do Japão, que contava com o total apoio de seus principais aliados do Eixo —Alemanha e Itália—, o presidente dos EUA estende os em
bargos nas relações bilaterais com o país.

A exportação de petróleo, produto do qual o Japão importava cerca de 80% dos americanos, foi paralisado pelos EUA como retaliação às invasões no Pacífico.

Antes de prosseguir em direção à dominação das Filipinas, o Japão decidiu usar sua frota marítima e aérea contra a base naval de Pearl Harbor, em ação arquitetada pelo almirante japonês Isoroku Yamamoto.

Os ataques à base americana tiveram início às 7h55 de 7 de dezembro de 1941 e deixaram saldo de aproximadamente 2.400 mortos e cerca de mil feridos. Mais de 350 aeronaves foram utilizadas no combate. Cerca de 200 aviões em solo americano foram completamente destruídos em uma tática de grande êxito dos japoneses. O combate foi finalizado perto das 10h.

Quatro anos depois, em 1945, quando a Segunda Guerra chegava ao fim com a rendição da Alemanha, o Japão ainda relutava em ceder às exigências dos países aliados, até que, nos dias 6 e 9 de agosto daquele ano, os EUA —agora sob o comando de Harry Truman—, desferiram os maiores ataques a bomba da história contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki, matando quase 200 mil pessoas.

Em 14 de agosto, o Japão de Hiroíto se rendeu aos aliados, marcando em definitivo o fim da Segunda Guerra Mundial.

Em maio deste ano, Barack Obama foi o primeiro presidente americano a visitar a cidade de Hiroshima, quando esteve no memorial em homenagem aos mortos pela bomba, em visita histórica e sem pedido de desculpas.

Nos dias 26 e 27 deste mês, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, será o primeiro líder nipônico a visitar Pearl Harbor. Segundo Abe, a visita servirá para lembrar as vítimas do ataque japonês a Pearl Harbor 75 anos atrás. Mas, como informa a Folha desta terça (6), ele prestará homenagem aos mortos, mas não pedirá desculpas pelos ataques.



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