O papa Francisco criticou a “teoria do gênero” em um livro-entrevista publicado na Itália nesta terça-feira (11). Francisco já havia falado brevemente sobre esse assunto em um trabalho dedicado ao papa polonês João Paulo II (“São João Paulo, o Grande”).
Para o papa argentino, a teoria de gênero “propõe implicitamente a destruição na raiz do projeto de criação de Deus para cada um de nós: a diversidade, a distinção”. A teoria quer “tornar tudo homogêneo, neutro. É o ataque contra a diferença, contra a criação de Deus, contra o homem e a mulher”.
Defendendo-se de qualquer “discriminação” contra alguém, o papa disse que deseja “simplesmente alertar contra a tentação de cair no que foi o projeto maluco dos habitantes de Babel” que, em um episódio bíblico, quiseram se limitar a um único idioma e a um único povo. “Essa aparente uniformidade os levou à autodestruição, porque é um projeto ideológico que não leva em conta a realidade, a verdadeira diversidade das pessoas”, acrescenta. “Não é apagando a diferença que vamos nos aproximar, mas é acolhendo o outro em sua diferença”, insiste o papa. (Globo/AFP)