Serial killer com maior número de vítimas dos EUA morre aos 80 anos

O serial killer norte-americano Samuel Little morreu aos 80 anos, em um hospital da Califórnia. Considerado o serial killer com maior número de vítimas da história dos Estados Unidos, Little não teve as causas de sua morte reveladas. A agência de notícias internacionais Associated Press fala que o criminoso sofria de diabetes e problemas cardíacos, além de outros problemas decorrentes de sua idade.

Apesar de internado em um hospital para tratar de seus problemas de saúde, Little cumpria prisão perpétua por seus crimes. Ele confessou 93 assassinatos, apesar das autoridades norte-americanas terem conseguido provar e confirmar “apenas” 60 deles. Os crimes de Little inspiraram séries e documentários como ‘Catching a Serial Killer: Sam Little’ (2020) e ‘Confessions of a Serial Killer’ (2019).

A sentença de prisão perpétua de Little foi anunciada em 2014, por três assassinatos cometidos por ele no sul da Califórnia entre 1986 e 1989. Nos anos seguintes, já atrás das grades, ele foi confessando os demais crimes cometidos por ele entre 1970 e 2005. Vários dos corpos de suas vítimas nunca foram encontrados. Os alvos preferenciais de Little eram moradores de rua, viciados em drogas e profissionais do sexo.

Durante seu período preso, Little deu detalhes para as autoridades norte-americanas sobre cada um dos 93 assassinatos alegados por ele. Ele tinha como hábito estrangular suas vítimas. Dentro da prisão ele produziu desenhos e pinturas retratando as pessoas mortas por ele – obras que acabaram posteriormente divulgadas pelo FBI para auxiliar na identificação das vítimas do serial killer.

O assassino serial contou ter cometido seu primeiro crime na noite de 31 de dezembro de 1970, em Miami, e o último em Tupelo, no estado de Mississippi, em 2005. Ele disse que seus assassinatos acabaram se tornando um vício. A história de Little chamou atenção pelo fato dele ter sido preso várias vezes, por diferentes delitos, entre 1970 e 1995. No entanto, ele só foi preso pelos três assassinatos que resultaram em sua condenação em setembro de 2012.

Em 2019, Little deu uma entrevista ao tradicional programa de TV norte-americano ‘60 Minutes’ no qual ele revelou sua esperança em ter sua pena cancelada, podendo viver sua velhice em liberdade. Ele acreditava que suas confissões, inocentando várias pessoas detidas sob suspeita de crimes cometidos por ele, poderiam aliviar sua condenação de prisão perpétua, o que acabou não acontecendo.

“Caso eu consiga ajudar alguém a sair da prisão, então talvez Deus possa me permitir um pouco de felicidade”, afirmou o criminoso na entrevista ao programa de TV. “Não acho que não existe nenhuma pessoa que tenha feito o que eu gostava de fazer. Acho que sou único no mundo. E isso não é uma honra, é uma maldição”.

*Globo



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