Refugiados africanos denunciam discriminação na Ucrânia: ‘Negros no final da fila’

Foto: Reprodução/Twitter

Em meio à guerra entre a Rússia e Ucrânia, refugiados africanos estão usando as redes sociais para denunciar ações discriminatórias de soldados ucranianos. De acordo com a plataforma Africa Facts Zone, africanos estão sendo impedidos de embarcar nos ônibus com destino à Polônia, pois segundo o perfil, parte de agentes das forças armadas estão dando prioridade a pessoas brancas.

A informação também foi compartilhada pela correspondente da BBC, Stephanie Hegarty. No twitter, a jornalista contou o relato de uma estudante de medicina nigeriana que está na fronteira entre os dois países: “[Ela] me disse que está esperando há 7 horas para atravessar. Ela diz que os guardas de fronteira estão parando os negros e mandando-os para o final da fila, dizendo que eles têm que deixar os ‘ucranianos’ atravessarem primeiro”.

Na mesma publicação, o perfil oficial da Chancelaria do Primeiro Ministro da Polônica nega a situação. “Você está espalhando desinformação. Refugiados que fogem da Ucrânia atingida pela guerra estão entrando na Polônia, independentemente de sua nacionalidade”.

“O estudante com quem acabei de falar diz que foram soldados ucranianos, não guardas de fronteira poloneses que lhe contaram isso”, explica a correspondente.

A jornalista Nathália Urban, comentarista da TV 247, também denunciou a situação na internet. “As redes sociais estão inundadas de relatos e vídeos de imigrantes africanos na Ucrânia sofrendo discriminação ao tentar deixar o país, agora estamos vendo as reclamações de brasileiros que enfrentam problemas semelhantes”, escreveu ao citar o casos dos atletas brasileiros que não conseguiram sair da Ucrânia.

O jogador brasileiro Guilherme Smith, por exemplo, fez um desabafo nas redes socias. “A divisa da Ucrânia com Polônia não é nada do que falam. Andamos 60km para chegarmos lá, quando chegamos fomos tratados como lixo, dormimos na rua quase congelamos. Por sorte conseguimos acender uma fogueira. Muito triste. A gente não sabe mais o que fazer nessa situação”.

Fonte: Bahia Notícias



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