Mini Bruce Lee, menino de 12 anos é ‘fisiculturista mirim’; tem problema?

 mine Bruce Lee
Ryusei Imai
Imagem: Reprodução/Instagram

Apelidado de “mini Bruce Lee”, Ryusei Imai, 12, treina desde os cinco anos para ter um corpo tão musculoso quanto o de seu ídolo lutador de kung fu. No Japão, o garoto se tornou uma estrela de TV, ganhando fama em shows onde demonstra sua força.

O regime de treinamento intenso seguido pelo “fisiculturista mirim”, contudo, gera controvérsias nas redes sociais. “Cuidado com essas mãos”, escreveu uma pessoa nos comentários de uma foto que mostra as mãos de Ryusei cheias de calos. “Esse menino está bem?”, questionou outra. “Inacreditável”, comentou um terceiro usuário.

Crianças podem ser musculosas?

O ganho de massa muscular (hipertrofia) na infância e adolescência pode acontecer por fatores genéticos, mas é principalmente motivado pelo volume, pela carga e intensidade das atividades praticadas —geralmente, exercícios de força, como a musculação.

Em seu perfil nas redes sociais, administrado pelo pai de Ryusei, é possível notar que a rotina de treino do adolescente inclui exercícios de solo —como flexões, que realiza apoiando-se em apenas dois dedos—, treinamento muscular, corridas ao ar livre, alongamentos e exercícios com o nunchaku (instrumento utilizado nas artes marciais).

Tem problema?

Rotinas de exercícios com foco em promover grande aumento da massa muscular só são indicados após o fim da fase de crescimento, que muda em cada adolescente.

De acordo com a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), para determinar quando o jovem vai parar de crescer, é preciso fazer o exame de idade óssea, por meio de raio-x dos punhos e mãos. A análise determina o padrão de amadurecimento dos ossos e consegue indicar eventuais distúrbios de crescimento.

É proibido?

É importante ressaltar que treinos de musculação não são proibidos para adolescentes. Eles podem ser feitos, desde que com carga adequada e sem foco em hipertrofia.

Orientações para a prática de exercícios por adolescentes:

  • Ter liberação médica para a prática;
  • A atividade precisa ser supervisionada por profissionais capacitados, que devem orientar e corrigir a execução dos exercícios;
  • O ambiente de treino precisa ser monitorado e seguro e os equipamentos devem ser apropriados para o tamanho e idade da criança/adolescente;
  • Ter maturidade física e emocional para entender os princípios e regras do treinamento –a criança/adolescente deve estar mentalmente pronta para obedecer as instruções, e seu organismo deve estar preparado para suportar o estresse estabelecido por um programa de treinamento;
  • A criança/adolescente deve se sentir confortável com o de treinamento, estar feliz com a prática, segura e ter apoio da família;
  • A alimentação e hidratação devem ser supervisionadas por um profissional.

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