Após admitir que impeachment foi vingança de Cunha, Temer nega hipótese de anulação

Após admitir em rede nacional que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) determinou a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) porque não conseguiu votos do PT no processo que seria aberto contra ele próprio no Conselho de Ética da Câmara, o presidente Michel Temer (PMDB) minimizou a declaração. Dessa vez em entrevista ao SBT Brasil, o presidente ressaltou que não há possibilidade de anulação do impeachment por conta de um “ato de vingança” de Cunha. “Pelo regimento interno da Câmara, se o presidente da Câmara interferir no pedido de impedimento, há recurso no plenário. Com a margem muito significativa de votos que teve o impedimento, evidentemente se isso acontecesse, iria para o plenário e o plenário decretaria o início do impedimento. Estou apenas supondo hipóteses”, declarou o presidente. Temer pontuou que a votação do Congresso foi “uma coisa avassaladora” em votos favoráveis ao fim do mandato de Dilma. Na ocasião, o presidente ressaltou ainda que não está preocupado com uma possível delação de Cunha. “Não sei o que ele pretende fazer, não estou preocupado com o que ele venha a fazer. Espero que ele seja muito feliz. Espero que se justifique em relação a todos os eventuais problemas que tenha tido. Acho que ele foi um deputado muito atuante, muito eficiente no exercício da legislatura. Mas não sei o que ele vai fazer, não tenho que me incomodar com isso”, concluiu. Após ter seu mandato de deputado federal cassado, Cunha foi preso em outubro de 2016 e condenado a 15 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisa.

*BN



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