Ministros alvos de delações podem se sentir desconfortáveis e sair do governo, diz Temer

O presidente Michel Temer reforçou a postura de que afastará apenas os ministros que se tornarem réus em processos no Supremo Tribunal Federal (STF). Os que foram alvo de inquéritos não sofreram qualquer sanção. Na última semana, o ministro Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito contra oito ministros do atual governo. Por outro lado, neste caso o peemedebista considerou que alguns ministros podem se sentir desconfortáveis e pedir, por conta própria, para deixar o cargo. A declaração foi dada nesta segunda-feira (17), durante entrevista à Rádio Jovem Pan. “Não vou definir simplesmente porque alguém falou, é preciso provas robustas. Se vier a denúncia, não significa culpabilidade completa, mas terá fortíssimas indicações de que essa delação é correta”, declarou o presidente. Temer ainda disse que dificilmente as eventuais denúncias vão demorar para serem apresentadas, já que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deverá entrar com representação para acelerar as investigações. “Acho que virão rápido. E o governo está interessado em tudo que seja feito da forma mais rápida possível”, acrescentou. De acordo com o Estadão, Temer também reconheceu que as delações são estarrecedoras e preocupantes, principalmente por transmitirem uma imagem ruim do Brasil para o exterior. Por outro lado, o presidente defende que o Brasil não pare. “Temos reformas pela frente. Então, [as delações] são estarrecedoras, mas não podem ser fator de paralisia. Agora precisamos deixar o Judiciário trabalhar”, reforçou.Durante a entrevista, Temer ainda negou que tenha um pacto com Fernando Henrique Cardoso e Lula para barrar a Lava Jato.

*BN



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