Um gesto feito por um dos assessores do presidente Jair Bolsonaro, Filipe G. Martins, foi alvo de críticas e será investigado, a pedido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
O gesto que no Brasil vale tanto para dizer “ok” quanto para “vai tomar no c*, é também utilizado por grupos extremistas dos EUA, e considerado como um sinal de organizações de supremacia branca.
O senador Rodrigo Pacheco decidiu instaurar um procedimento de investigação para apurar o fato. A polícia do Senado vai ouvir Filipe Martins, que é assessor especial para assuntos internacionais de Bolsonaro.
De acordo com a jornalista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo, o senador Pacheco estaria exigindo do presidente a demissão imediata do assessor.
O senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, logo que percebeu a situação pediu a expulsão do assessor das dependências do Senado e classificou o gesto como inaceitável.
Em sua conta no Twitter, o assessor se defendeu. Ele prometeu processar a todos que estão o acusando de ter feito um gesto de supremacia racial e disse ser judeu.
Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao "supremacismo branco" porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um.
— Filipe G. Martins (@filgmartin) March 24, 2021
“Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao “supremacismo branco” porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um.”
Em outra publicação, ele usou imagens do ex-presidente Lula e do youtuber Felipe Neto fazendo o mesmo gesto com a mão. “A oposição ao Governo atingiu um estado de decadência tão profundo que tenta tumultuar até em cima de assessor ajeitando o próprio terno”.
*Correio