Salles é alvo de inquérito que investiga um esquema ilegal de retirada e venda de madeira. Ele teria tomado conhecimento sobre o pedido de prisão através de um colega, e por isso percebeu que sua permanência no cargo era insustentável.
Conforme apuração do Estadão, o ex-ministro manifestou sua vontade de desocupar o comando da pasta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas teria sido orientado por ele a permaneceer. Mesmo assim, Salles decidiu pedir demissão para não levar a crise ao centro do governo, além de temer pela segurança da mãe, que também é investigada.
O escritório de advocacia do qual Salles é sócio com a mãe, em São Paulo, está sendo investigado pela Polícia Federal por conta de operações financeiras. O inquérito foi autorizado pelo Supremo, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A suspeita é que o ex-ministro atuava no cargo para favorecer madeireiros que desmatam a Amazônia, facilitando o caminho para o contrabando de madeira ilegal. Salles, no entanto, nega as irregularidades. Ele estaria, ainda, atuando para prejudicar as investigações.
A ministria do STF, Cármen Lúcia, relatora de outro inquérito contra o ex-ministro, já determinou que ele entregasse seu passaporte à Polícia Federal. O documento foi entregue na tarde desta última sexta (25/6).
