Bolsonaro diz que vacina contra Covid tem grafeno que se acumula em ovários e testículos

Foto: Evaristo Sa/AFP

Durante um evento realizado pelo Partido Liberal (PL) em Jundiaí (SP) no último sábado (17/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez declarações infundadas afirmando que as vacinas contra COVID-19 contêm “grafeno” que se acumula nos “testículos e ovários”. Bolsonaro, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está no interior do estado para filiar o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, ao PL, sendo que o prefeito anteriormente pertencia ao PSDB.

Essa declaração de Bolsonaro representa mais uma afirmação falsa que carece de embasamento científico em relação à composição da vacina. Durante seu mandato, o ex-presidente frequentemente atacou a vacinação, chegando a ser alvo de investigação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021, devido à disseminação de uma notícia falsa que relacionava a vacinação ao desenvolvimento da AIDS em um vídeo que posteriormente foi retirado das redes sociais.

Nesse caso específico, o tenente-coronel Mauro Cid auxiliou na produção do material divulgado por Bolsonaro e também foi incluído no inquérito conduzido pela Polícia Federal, que apontou a ocorrência dos crimes de provocação de alarme anunciando perigo inexistente e incitação ao crime durante a pandemia da COVID-19.

Cid encontra-se preso há mais de um mês como resultado da investigação da Polícia Federal sobre a alegada fraude no cartão de vacinação do ex-presidente.

Bolsonaro será julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na próxima quinta-feira (22). A ação vai avaliar uma reunião feita pelo ex-presidente com embaixadores estrangeiros, em julho de 2022, para atacar a credibilidade das urnas eletrônicas na tentativa de os convencer que as eleições brasileiras seriam fraudadas. Caso condenado, o ex-presidente se torna inelegível por oito anos.



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