Esteve em Santo Antonio de Jesus, no Recôncavo Baiano, nesta última quinta-feira (31/03) Rui Chapéu, conhecido em nível nacional e internacional em jogo de sinuca. Natural de Itabuna, atualmente o mesmo mora na cidade de São Paulo há exatos 40 anos. Essa foi a quinta vez que Rui veio a cidade, ele visitou o Clube dos Cem para uma rápida partida de sinuca, em seguida foi a cidade de Feira de Santana, onde acompanhado do prefeito José Ronaldo, vai estar realizando a reinauguração da AFSAM (Associação Feirense de Sinuca Amilca Mota), na mesma data vai estar acontecendo o inter estadual.
Em entrevista concedida ao repórter Chiquito Fernandes da GloboFest Esportes, Rui Chapéu falou que mesmo morando na grande São Paulo não esqueceu suas raízes. “Eu vim aqui graças ao meu sobrinhoJones Júnior da Reconflex que é a mesma coisa de ser meu filho. O esporte hoje no Brasil não tem nenhum tipo de validade, infelizmente temos que chegar e falar que nenhum dirigente desse país tem a intenção de educar o povo, porque se realmente tivessem essa intenção, eles colocariam diversos tipos de esportes nos ginásios desse país, liberariam verbas para poder concretizar o esporte”, pontuou.
Rui Chapéu e Caio Cadilac
Segundo Caio Cadilac, organizador de Torneios de Sinuca na região, a visita de Rui a Santo Antonio de Jesus tem como objetivo resgatar a sinuca na cidade, “mas para isso dependemos do poder publico e também de entidades privadas como o Clube dos Cem, onde já foi realizado a etapa municipal e regional. Já estamos com o projeto pronto para em breve realizarmos o Campeonato Estadual de Sinuca aqui em Santo Antonio”, disse Caio.
Rui Começou a jogar com 12 anos, com 18 tirou carteira de motorista e viajou a trabalho para o Rio de Janeiro, trabalhou até os 34 anos, foi para São Paulo, gostou do jogo, se profissionalizou, e em 1984 teve a oportunidade de ser levado para a Bandeirantes por Luciano do Vale. A partir de então fizeram grandes arquivos e divulgaram o sinuca não só para o Brasil mas para o mundo inteiro, daí veio a fama de Rui Chapéu, que ficou conhecido em nível internacional. O seu melhor e o mais difícil jogo foi contra o inglês Steve Davis.
Ainda segundo Rui, quem mantém a sinuca no Brasil são aquelas pessoas que gostam do esporte, “todos os dias tem três milhões de pessoas jogando sinuca, pensam que o esporte mais praticado no país é o futebol, mas na verdade é a sinuca, existem oitocentas mil mesas espalhadas por todo país, jogando quatro pessoas em cada mesa, da um total de três milhões e duzentos mil pessoas jogando, e não recebemos nenhum tipo de apoio do CND”, cocnuluiu Rui Chapéu. (Uanderson Alves/Tribuna do Recôncavo)
