Caminhada marca o Dia Mundial de Conscientização do Autismo em Santo Antônio de Jesus

Vestidos de azul, cheios de alegria e disposição, pais, amigos e simpatizantes marcharam no  Dia da Conscientização do Autismo na manhã de sábado (2), pelas ruas de Santo Antônio de Jesus. O evento foi realizado pelo Grupo Abrace, que reúne 30 pais e mães, e teve como objetivo divulgar a importância de conscientizar a população sobre a síndrome do autismo e mobilizar para a inclusão na sociedade. Também na pauta uma atenção maior do poder público para a causa.

A caminhada saiu da Praça da Biblioteca e terminou com um ato na Câmara de Vereadores. “A inclusão só acontece quando se aprende com a diferença”, destacou o Deputado Estadual Rogério Andrade (PSD), que também se fez presente, apoiando a causa.

O autismo é um grave distúrbio do desenvolvimento que prejudica a capacidade de se comunicar e interagir. São mais de 150 mil casos por ano no Brasil. Não tem cura, mas o tratamento pode ajudar. “O diagnóstico precoce, bem como terapias comportamentais, educacionais e familiares, podem reduzir os sintomas e fornecer base para o desenvolvimento e o aprendizado”, ressaltou o Deputado.

Em vigor desde janeiro desse ano, a nova Lei Brasileira de Inclusão, que trata dos direitos de crianças, jovens, adultos e idosos com deficiência, colocou os autistas na lista de beneficiados, garantindo-lhes acesso a políticas públicas específicas. Rogério Andrade lembrou que, embora a inclusão do autismo na legislação seja um importante avanço, é preciso fazer com que a legislação seja cumprida na prática. “Estímulos realizados na intensidade adequada e com profissionais especializados são capazes de ajudar muito na qualidade de vida do Autista”, ressaltou.

O Deputado destaca diversas ações previstas em lei em defesa do autista. “É fundamental treinar professores e disponibilizar profissionais capacitados como psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional.  O suporte para a família. Garantir a inclusão do ponto de vista da educação também é fundamental. Muitas escolas continuam negando matrícula a crianças autistas mesmo com uma lei que transformou isso em crime; Outras aceitam a matrícula, mas não buscam capacitação. Assim, crianças autistas vão ficando “encostadas” sem nunca poder alcançar todo o seu potencial. A conscientização é o que nos ajuda a incluir, e só se chega a ela por meio do conhecimento, da informação”, ressaltou.

Para Rogério Andrade, os educadores precisam entender o autismo, compreender que aquele aluno processa as informações de maneira diferente, tem resistência a mudanças, pode ser mais sensível ao barulho. “É preciso, então, criar uma rede de apoio em que o professor da turma regular, o profissional do Atendimento Educacional Especializado e o coordenador pedagógico atuem em conjunto. Há que se mobilizar, também, diretores, funcionários, pais e alunos, de modo a envolvê-los em um projeto de escola inclusiva, na qual as diferenças são respeitadas e utilizadas em prol da aprendizagem. A inclusão só acontece quando se aprende com a diferença”, lembra o Deputado.

*



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia