“É grave e qualquer um pode pegar”, diz santoantoniense que testou positivo para Covid e dengue

O radialista Léo Valente conversou na manhã desta segunda-feira (01/06) com a santoantoniense Jamile Andrade, técnica de enfermagem que testou positivo para Covid-19. Com sintomas de febre alta e calafrios, Jamile suspeitou que algo não estava bem e decidiu ficar em isolamento após ter ido ao hospital. Ao fazer os testes, deu positivo para Covid-19 e para dengue, “Eu não tinha forças nenhuma para ficar em pé, nem para falar direito por ter desconforto respiratório. Fiquei exercitando o pulmão enchendo balões, fazia exercício físico e dançar que me ajudou bastante. O corpo só quer cama, mas eu lutava contra isso”, disse ao radialista Léo Valente no Programa Levante a Voz da Rádio Andaiá FM. Preocupada com o emocional da filha de 6 anos de idade, Jamile teve a ideia de dançar com a pequena. Em um vídeo publicado em sua página das redes sociais, ela se diverte à distância com a filha, mostrando força e determinação para vencer esse inimigo invisível, “Ela me disse que não estava com medo de pegar o vírus, só queria me abraçar, aí eu sugeri dançar. Dessa forma eu procurei tirar minha filha da tristeza e exercitar também o meu pulmão”, comentou. Após 14 dias isolada dentro de quarto, Jamile relatou que vai prosseguir com o isolamento, pois ainda tem fraqueza, perda de paladar e olfato, “Isolamento não é fácil, meu esposo me dá comida e água pela janela do quarto, ele tem bastante cuidado em relação a tudo que tenho contato, ele e meu filho foram testados e deu negativo e a minha filha não teve sintomas nenhum, estamos observando”, pontuou.

Sem saber do resultado, Jamile explicou que teve contato com 18 pessoas da família dela e do esposo, mas nenhum apresentou sintomas durante os 14 dias, “Não tive desconforto respiratório para ir ao hospital, mas tem casos que levam pessoas ao internamento. Para mim o coronavírus é grave, qualquer um pode pegar, tive todos os cuidados necessários e ainda assim me contaminei, mas não sei a fonte. Estamos diante de um vírus que é destrutivo, os médicos não sabem como lidar por ser algo novo. Graças a Deus tive boas orientações de médicos excelentes”, salientou. Pior do que o vírus, tem sido o preconceito de muitos. Além da coragem para enfrentar a doença, Jamile teve força também para divulgar que está contaminada com o coronavírus e alertar as pessoas a praticarem mais a empatia nesse momento, “Graças a Deus fui abraçada, mas meu filho está sofrendo preconceito por eu estar com covid. Ninguém está livre disso. Digo para as pessoas que se cuidem, o máximo que puder, evitem aglomerações, continuem com máscaras, usem álcool em gel, respeitem o decreto do prefeito”, destaca. Um problema muito comum no bairro que ela reside que é a Urbis 4 tem sido a dengue. De acordo com ela, só na rua que reside tem três pessoas com dengue, o que serve de alerta para que as pessoas tenham também cuidado com suas residências.

Confira abaixo o vídeo de Jamile dançando com sua filha:

https://www.instagram.com/p/CAxoQ-8BOfI/?igshid=okstq983l1wy

Reportagem Léo Valente / Redação Blog do Valente



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