Saiba como reconhecer sinais de estresse nos cachorros

                                                                     Foto: Petz

 

Quando se fala em saúde, é importante que os “papais de pet” se atentem não só à qualidade de vida dos seres humanos, mas também dos animais de estimação. No mundo em que vivemos hoje, com tempo escasso, pressão e preocupações diversas, os benefícios de se ter um bichinho em casa já são amplamente conhecidos, mas é preciso ficar alerta para os sinais de estresse que também são dados pelos animais.

Uma pesquisa feita na Espanha, Israel e Reino Unido constatou mais uma vez que os amigos animais proporcionam conforto adicional aos seres humanos, principalmente nos atuais tempos de pandemia. Mas também revelou dados preocupantes. Alguns animais de estimação estão apresentando sinais de estresse, como latidos aumentados, medo de ruídos altos ou repentinos e ansiedade quando estão sozinhos em casa. E nem sempre os tutores reconhecem tais comportamentos como um alerta de estresse animal.

De acordo com Jon Bowen, responsável por um estudo publicado no Journal of Veterinary Behavior (2020), muitas pesquisas mostram que os cães têm emoções e podem absorver o que os tutores estão sentindo — especialmente se o dono é emocionalmente dependente deles. Nos estudos espanhóis e britânicos foram observadas novas preocupações na relação entre humanos e seus animais de estimação, incluindo se o pet está fazendo exercícios suficientes, a capacidade do tutor de comprar alimento, acesso aos cuidados veterinários, entre outros.

O organismo de um animal estressado tem função semelhante ao nosso. Logo, os indícios do quadro também são muito parecidos. “A grande diferença é que os seres humanos têm melhores formas de lidar com o estresse do que os animais”, diz a médica-veterinária Louise Siqueira. Por isso, entre os sinais de cachorro estressado, ela destaca latidos excessivos, comportamento destrutivo, queda de pelos e falta de apetite.

“Alguns sintomas de estresse em cachorros, como os latidos em excesso e o comportamento destrutivo, prejudicam a convivência do pet com a família. Mas essa é só uma das razões para se preocupar com o estresse canino. Além de reduzir o bem-estar do seu amigo, ele também está associado à diminuição da imunidade e a outros problemas graves, como taquicardia e aumento da pressão arterial. Portanto, se você tem um cachorro muito estressado, é bom ficar atento”, afirma.

Falando de seres humanos ou de cachorros, é comum que os três termos sejam usados como sinônimo. Para Louise, isso acontece porque boa parte das vezes esses quadros estão, de fato, interligados. Em linhas gerais, o tédio pode ser entendido como um sentimento pontual que surge quando não há nada para fazer.

Entretanto, se o tédio for muito frequente ele pode evoluir para quadros de ansiedade e estresse em cachorros. “Esses quadros podem se confundir e um agravar o outro, gerando comportamentos impulsivos e estressantes”, diz a veterinária.

Pode parecer óbvio, mas não custa nada lembrar: as necessidades caninas não são as mesmas dos seres humanos. Para muita gente, nada mais relaxante do que passar o dia todo em casa, maratonando séries na TV.

Já no caso dos animais, não ter o que fazer é justamente uma das causas mais comuns para deixar o cachorro estressado. Mas o que eles precisam fazer para ficarem relaxados? O segredo de ter em casa um pet mais tranquilo é propor atividades e criar uma rotina que estimule os instintos e os sentidos caninos.

*Informações Metrópoles



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