OMS diz que está disposta a ajudar o Brasil se houver pedido do governo

 

A Organização Mundial da Saúde indicou que está disposta a ajudar o Brasil se houver uma solicitação oficial por parte do governo de Jair Bolsonaro. O aceno ocorre depois de semanas de críticas tecidas pelo Planalto contra a entidade, além da manipulação de discursos da direção da agência por parte de integrantes do governo. Questionada por um meio brasileiro, a agência evitou falar sobre a ideia do presidente sobre promover um churrasco e nem sobre a situação do país, um dos novos polos de transmissão no mundo. Nos bastidores, tal comportamento foi visto como um sinal de que a OMS não quer comprar briga com o governo e prefere uma aproximação para tentar influenciar o caminho adotado pelo país.

Por isso, a OMS deixou claro que continua ao lado do país. Michael Ryan, chefe das operações de emergência da entidade, afirmou que o escritório da entidade nas Américas estará disposta a “trabalhar” com o país, caso haja uma solicitação. Ele indicou que a OMS não tem o poder de simplesmente se impôr, nem no caso do Brasil e nem em nenhuma outra parte do mundo. Nas últimas semanas, a OMS passou a ajudar dezenas de países, tanto com material como com ajuda técnica e orientações.

Nesta semana, São Paulo viu sua encomenda por 500 respiradores da China ser cancelada. Essa não foi a primeira vez que o acesso a tais equipamentos foi alvo de obstáculos. Além da questão dos respiradores, a OMS afirmou que orientações técnicas sobre confinamento e medidas de controle também podem ser fornecidas. Nas últimas semanas, a OMS foi alvo de duras críticas por parte do governo, do presidente e até do chanceler Ernesto Araújo. O Brasil ainda ficou de fora de uma aliança global para acelerar a produção de vacinas e de tratamentos.

Fonte: Uol



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