OMS divulga novas orientações sobre uso de máscaras de pano contra o coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou suas recomendações sobre o papel de máscaras de proteção na pandemia de covid-19. Para conter os contágios, ela agora aconselha a utilização em estabelecimentos públicos cheios.

A indicação também vale, em geral, para onde seja difícil manter o distanciamento social. O secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, deu como exemplo os transportes públicos e outros lugares fechados e intensamente frequentados.

“Em todos os locais do espaço público onde podem ocorrer transmissões, além disso, aconselhamos os maiores de 60 anos ou com doenças prévias a usarem uma máscara médica”, acrescentou Tedros, de Genebra.

Até o momento o posicionamento da OMS era que a proteção da boca e nariz só fazia sentido para quem cuidasse de enfermos, não sendo recomendado seu uso em massa. As novas diretrizes da OMS se aplicam também à forma de fabricação de máscaras não médicas, de tecido, as quais devem ter pelo menos duas camadas de materiais diferentes.

Em relação aos materiais, a OMS orienta que as máscaras devem ter, no mínimo, três camadas de tecido. A primeira, mais interna, deve ser feita de um material que absorva a água, como o algodão. A do meio, com um material sintético, como o polipropileno, ou mesmo uma camada extra de algodão – a ideia é que ela aja como um filtro. Já a exterior deve ser com um material resistente à água, como o polipropileno, poliéster ou uma mistura deles.

As recomendações da OMS que continuam valendo são:

  • Quem apresentar sintomas da covid-19 deve ficar em casa e procurar um médico;
  • Pessoas com diagnóstico confirmado de covid-19 devem ficar isoladas e serem tratadas em uma unidade de saúde; quem teve contato deve ser colocado em quarentena;
  • Se for necessário que a pessoa doente – ou alguém que teve contato com ela – saia de casa, todos devem usar máscara médica;
  • Quem cuida de uma pessoa infectada em casa deve usar máscara médica enquanto estiver no mesmo cômodo que o contaminado;
  • Profissionais de saúde devem usar máscaras médicas e demais equipamentos de proteção quando entrarem em contato com pacientes suspeitos ou confirmados de covid-19.

Ao mesmo tempo, a organização desaconselha que se confie exclusivamente nas máscaras, as quais são apenas uma entre diversas medidas de precaução, não substituindo o distanciamento nem a higiene manual. Quem toca sua máscara com mãos sujas pode contaminá-la, até mesmo elevando o risco de infecção: “Máscaras podem também transmitir uma sensação de falsa segurança”, frisou Tedros.

Além disso, devem-se isolar consequentemente os pacientes, localizar com quem tiveram contato e testar os casos suspeitos. Segundo o chefe da OMS, “para todos os países, essa é a melhor defesa contra a covid-19”.

Até a manhã este sábado (06), há mais de 6,7 milhões de infecções confirmadas com o coronavírus Sars-cov-2 em todo o mundo. O Brasil ocupa o segundo lugar, depois dos Estados Unidos, com quase 615 mil casos, além de ser o terceiro em número de óbitos (34 mil), de um total global de 395 mil. Na Alemanha estão registrados mais de 185 mil casos e quase 8.700 mortes. Os dados são da Universidade Johns Hopkins.

Fonte: Terra



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