Doações de órgãos caem durante período da pandemia

Doar é tornar possível a vida e outra pessoa. Mas se já era difícil conseguir realizar um transplante por falta de órgão esse ano foi um pouco mais complicado devido ao isolamento social. De acordo com a secretaria de Saúde da Bahia (SESAB), entre janeiro e setembro, deste ano 96 múltiplos órgãos foram doados e 246 doações de córneas efetuadas. Atualmente 1500 pessoas aguardam na fila de espera por um órgão.

Houve um registro de queda de 13% nas doações de múltiplos órgãos e 58% nas doações de córneas. “Nos primeiros meses da pandemia as doações de córneas foram suspensas pelo Ministério da Saúde e as de múltiplos órgãos tiveram redução devido a mudança de logística, maior número de casos de contra indicação de doadores e redução do número de suspeitas de morte encefálica notificados a Central de Transplantes”, explica a assessoria de comunicação da SESAB.

Em relação a doações de tecidos múltiplos, os rins são os órgãos mais doados, mas as córneas lideram o ranking das doações. A queda das doações ficou por conta do fígado e Córneas. Por falta de doações, e a procura de órgãos, sete (7) pessoas morreram este ano na Bahia. Cerca de 1.500 pessoas estão na fila de espera por um órgão, atualmente na Bahia.

A Sesab destaca que foi realizada uma campanha oficial com apoio de diversos artistas e instituições de saúde, alem disso existem atividades educativas e outras ações que acontecem de forma perene durante todo o ano para incentivar as doações.

“O transplante é um dos maiores avanços de tratamento que a medicina já descobriu, porém é um procedimento que depende diretamente da população, não existe transplante sem doador, por isso é muito importante que toda a população converse sobre o assunto, esclareça suas possíveis dúvidas e declare o seu desejo de ser um doador para a sua família. Para ser um doador não precisa deixar nada por escrito, no momento correto a família é que tem o poder de decidir e autorizar a doação”, explica a coordenação de transplantes da Bahia .

O Ministério da Saúde informa que, com a pandemia, houve impacto em toda a cadeia de assistência à saúde. “Os estados e municípios precisaram de estrutura, recursos humanos e insumos para atendimento aos pacientes com Covid-19. Com isso, houve redução nos números procedimentos, que seguiu o que observado em países da Europa acometidos antes do Brasil.”, registra o site da entidade.

Fonte: Tribuna da Bahia



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