Anvisa aprova estudo clínico de medicamento contra a Covid-19 feito com células-tronco

Medicamento Remdesivir produzido em laboratório nos EUA — Foto: Gilead Sciences via AP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta semana, o estudo clínico do primeiro medicamento à base de células-tronco para o tratamento da Covid-19, o COVI-MSC TM, desenvolvido pela empresa americana Sorrento Therapeutics. No Brasil, a empresa é representada pela Synova Pesquisa Científica.

O estudo autorizado é de fase 2: os pesquisadores vão testar a segurança, a tolerabilidade e a eficácia no tratamento do desconforto respiratório agudo causado pela Covid-19. A previsão é de que haja 100 voluntários para os testes.

Um grupo de voluntários vai receber o tratamento e o outro, uma substância inativa (placebo); a escolha de quem vai ou não receber o tratamento será feita de forma randomizada (aleatória). Nem os cientistas, nem os participantes saberão quem recebeu o quê; esse tipo de teste é chamado de duplo-cego.

Terapia avançada

O COVI-MSC TM é uma “terapia avançada” – nome dado a tratamentos inovadores desenvolvidos à base de células ou de genes humanos. Esses produtos, considerados medicamentos especiais, necessitam de registro sanitário na Anvisa, feito de acordo com as instruções do fabricante.

Durante a fase de desenvolvimento e pesquisas controladas são definidas as indicações clínicas, os cuidados especiais durante e após o uso, os atributos de qualidade e também as principais reações adversas e os critérios para gestão de riscos do medicamento.

Medicamentos aprovados
Até agora, a Anvisa aprovou três medicamentos para tratar a Covid. Na semana passada, liberou o uso emergencial de um medicamento com anticorpos monoclonais. Ele não é vendido em farmácias e seu uso é restrito a hospitais.

Em março, o órgão anunciou o registro do antiviral remdesivir, o primeiro a ser aprovado no Brasil. Ele é um medicamento sintético administrado de forma intravenosa (injetado na veia) e age impedindo a replicação viral.

Em abril, o Regn-CoV2 foi aprovado para uso emergencial no país. Trata-se de um coquetel que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe, dois remédios experimentais.



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