Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta sobre os efeitos da pandemia no diagnóstico ao câncer de pele e realiza campanha de prevenção em dezembro

Foto: reprodução

Neste Verão 2021, os passeios em parques, praias, onde haja exposição solar, devem obedecer às recomendações das autoridades sanitárias, respeitando todo o protocolo da Covid-19, mas é fundamental manter os cuidados de prevenção ao câncer de pele.

A Central Nacional Unimed apoia a campanha Dezembro Laranja, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que este ano tem a mensagem-chave: “Adicione mais fator de proteção ao seu verão”.

O impacto da pandemia no trabalho geral de prevenção ao câncer de pele pode ser negativo. Isso porque houve drástica queda no índice de diagnóstico precoce, segundo a SBD.

Maria Elisa Rosa, dermatologista da Alergodermoclin, parceira da Central Nacional Unimed e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – BA, confirma esse cenário.

“No auge da pandemia, as pessoas ficaram mais restritas em casa, comparecendo apenas às consultas motivadas por quadros agudos ou que as incomodavam muito. Aos poucos, com a queda do número de casos de Covid-19, elas foram se sentindo mais à vontade para voltar aos consultórios, e hoje temos freqüência quase normal às consultas”, afirma Dra. Elisa.

Entretanto, o não comparecimento às consultas eletivas gerou o problema dos atrasos nos diagnósticos. “Com o retorno dos pacientes aos consultórios, vemos mais frequentemente lesões mais extensas. Os tumores não melanoma são mais frequentes e crescem mais lentamente. No entanto, isso não é verdade para os melanomas”, alerta a médica.

Diagnóstico precoce

“Quando falamos de qualquer doença, sempre enfatizamos a importância do diagnóstico precoce e isso é especialmente verdade quando tratamos de doença oncológica”, afirma a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – BA, alertando para a importância do acompanhamento médico.

“Os cânceres de pele podem ser basicamente divididos em cânceres melanoma e não melanoma. Os melanomas, quando não diagnosticados e tratados precocemente, podem evoluir com metástases e até êxito letal. Já os tumores não melanoma podem evoluir com extensão local e invasão de estruturas, podendo ser necessários procedimentos mutilantes, com sequelas graves para esses pacientes”, explica.

Dados levantados pela SBD junto a secretarias municipais e estaduais de Saúde (divulgados no site da instituição) demonstram que, de janeiro a setembro, a procura por atendimentos de dermatologia preventiva em 2020 caiu cerca de 48%, se comparado ao ano anterior.

Cuidados de prevenção

Os cuidados necessários à prevenção ao câncer de pele já são bem conhecidos: evitar excesso de exposição solar, escolher os horários adequados para estar ao ar livre, usar protetores solares, estar atento ao surgimento de manchas e lesões na pele, além de fazer consultas periódicas ao dermatologista.

Casos no Brasil

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca/Ministério da Saúde), o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. A estimativa é de 176.930 casos no Brasil, sendo 83.770 homens e 93.160 mulheres (2020 – INCA).

Entretanto, o câncer de pele não melanoma apresenta altos percentuais de cura, se for detectado e tratado precocemente. Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade, porém, se não tratado adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas.

É mais comum em pessoas com mais de 40 anos, o câncer de pele é raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas. Porém, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes vem diminuindo.

Pessoas de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares, com história pessoal ou familiar deste câncer ou com doenças cutâneas prévias são as mais atingidas. Por isso devem redobrar os cuidados de prevenção.

Fonte: Unimed



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