A Secretária de Saúde do Município de Vera Cruz, Michele Marques falou sobre as dificuldades enfrentada na cidade quando se trata do atendimento de crianças no Transtorno do Espectro Autista (TEA) e quais tem sido as estratégias adotadas para dar suporte às crianças e aos seus cuidadores. Ao Blog do Valente, Michele contou que os profissionais não têm se inscrito nos processos seletivos.
A secretária pontuou que a maior dificuldade tem sido a escassez de profissionais para áreas como terapia ocupacional, neuropediatria e psiquiatria infantil, áreas de extrema importância para o diagnóstico e acompanhamento de crianças com TEA.
“Contratamos um psiquiatra infantil que veio, fez um mutirão, mas ele não vai pode ficar. Então a gente foi em busca de outro psiquiatra infantil que começará em maio. Mas não é só isso, tem o terapeuta ocupacional que não tivemos nem inscrição no seletivo. Toda uma estrutura que nós temos dificuldade de adesão destes profissionais para se inscreverem e passarem pelo processo”, disse a secretária.
No que se refere às estratégias adotadas para driblar estas dificuldades, Michele explicou que estão sendo feitas reuniões regulares com as mães das crianças atípicas e que os profissionais disponíveis na rede estão dando suporte no que for possível. Os encontros com os cuidadores contam com a parceria da Defensoria Pública para dar suporte e entender quais as reais necessidades. Além disso, empresas que possuem este atendimento multiprofissional e que desejam prestar serviço terceirizado também estão sendo procuradas.
“Estamos pegando nossos médicos clínicos, eles vão um dia da semana lá, renovam a receita, atendem e veem outras questões e fizemos uma programação de um curso para os cuidadores destas crianças atípicas”, contou.
Um curso de capacitação também tem sido construído para dar suporte a pais e cuidadores sobre como cuidar e estimular as crianças com TEA.