WhatsApp suspende por 90 dias bloqueio para quem não aceitar nova política

Foto: REUTERS/Thomas White

As pessoas que ainda não aceitaram a nova política de privacidade do WhatsApp, que entra em vigor neste sábado (15), poderão continuar usando o aplicativo sem restrições por pelo menos 90 dias.

Esse prazo foi definido em acordo com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), o Ministério Público Federal (MPF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que na última sexta-feira (7) fizeram recomendações ao aplicativo.
O aplicativo avisou, na última sexta-feira (7), que não apagaria nenhuma conta e que o app continuaria funcionando normalmente, mesmo após a vigência do novo texto.

Porém, um lembrete seria exibido com mais frequência e, com o tempo, algumas funções deixariam de funcionar.

O aplicativo não havia detalhado em quanto tempo essas restrições seriam aplicadas.
“Nós precisamos entender melhor como vai ocorrer este compartilhamento entre o WhatsApp e o Facebook, ou como já ocorre, se eventualmente ocorre”, disse Rabelo.

“[Precisamos] de mais informações para a gente apurar o que deve ser feito”, completou.
As autoridades brasileiras indicaram que os novos termos do WhatsApp poderiam representar violações aos direitos dos titulares de dados pessoais, que foram definidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde setembro passado.
“Na LGPD, a pessoa poder dizer se aceita ou não cada um dos muitos tipos de tratamento dos dados. E o WhatsApp não está oferecendo isso”, disse.
A lei brasileira de proteção de dados prevê “aceites obrigatórios”, mas em situações em que essa condição é imprescindível para o funcionamento de um serviço.

“Não há necessidade desse tratamento [de dados] pra que o aplicativo continue funcionando, é uma opção comercial da empresa. Deveria, portanto, ser uma opção livre para os clientes”, afirmou Rená.

O que muda com os novos termos?
A nova política do aplicativo prevê que dados gerados em interações com contas comerciais, como as de lojas que atendem pelo WhatsApp, poderão ser utilizados pelas empresas para direcionar anúncios no Facebook e no Instagram – redes que pertencem à mesma companhia.

Embora o WhatsApp afirme que as novidades da política de privacidade estão centradas em interações com empresas, o novo texto indica a coleta de informações que não estavam presentes na versão anterior do documento.

Entre elas: carga da bateria, operadora de celular, força do sinal da operadora e identificadores do Facebook, Messenger e Instagram que permitem cruzar dados de um mesmo usuário nas três plataformas.

Fonte: G1



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