Djokovic sobre apoio dos torcedores: ‘Parecia que eu era brasileiro’

Neste domingo (8) no Rio de Janeiro, Novak Djokovic, maior estrela do tênis mundial da atualidade, empurrado a pleno pulmão por uma arquibancada de estádio de futebol, foi o primeiro aluno. E dificilmente vai esquecer o que viu.

naom_57a83f407e9f7

“Francamente, não sei como agradecer. Foi o tipo de atmosfera que experimentei poucas vezes em minha vida, a maioria quando estava em meu próprio país”, disse o sérvio após o confronto, decidido em dois emocionantes tie-breaks, 7/6 (6/4) e 7/6 (6/2).

“Parecia mesmo que estava em meu país. Parecia que eu era brasileiro.”

Sim, Djokovic era Brasil na quadra central. Talvez pela simpatia demonstrada desde quando desembarcou, as munhequeiras verde e amarelo e a raqueteira com a frase “Boa Sorte”. Djokovic teve a sorte também de enfrentar um argentino, o que o transformou instantaneamente em local.

Gritos de “Djoko, Djoko, Djoko” aconteciam a cada ponto, intercalados com os de “Delpo, Delpo, Delpo”, o diminutivo carinhoso de um dos mais longos nomes do tênis mundial, Juan Manuel del Potro. Gritos que no segundo set, com a disputa fervendo em quadra, já pareciam uma coisa só. Argentinos lançavam mão dos cânticos que infernizaram e encantaram o país na Copa-2014. Um gaiato aproveitava o silêncio antes do ponto para gritar “Vai Djoko, Vai Corinthians”.

Del Potro, provavelmente mais acostumado, não se abalava ao ouvir “Maricón” na hora do saque.

Djokovic virou Brasil também na “Copa Davis”, como o time brasileiro de tênis gosta de chamar a Olimpíada. “Bellucci ganhou, agora só falta você Djoko”, gritou um torcedor logo após saber o resultado da também emocionante vitória da dupla Sá/Bellucci sobre a dupla Murray/Murray.

Mas nunca um jogo de tênis foi tão futebol. “Eu agradeço com todo meu coração. Foi incrível. Eles me deram força e fiquei muito triste de não conseguir levar o jogo para o terceiro set. Todo o crédito a Delpo, foi maravilhoso fazer parte dessa partida. Foram duas horas e meia de batalha, sem duvida uma das mais difíceis derrotas da minha carreira”, disse o novo brasileiro.

“É triste sair tão cedo do torneio, mas por outro lado fico feliz que um bom amigo, que sofreu tanto nos últimos anos, volte a jogar nesse nível. Espero que todos tenham gostado.”

Sim, Djoko, nós gostamos de você. Volte sempre. Com informações Folhapress.

 



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia